sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

POR FALAR EM VINHOS ... (18)


... muito interessante artigo de Arnaldo Grizzo na Revista Adega deste mês de dezembro. Trata mais uma vez do tema “vinho e saúde” e traz dados de nova pesquisa realizada pelas Universidades do Texas e de Stanford.
Conclui a pesquisa, após monitorar 1824 pessoas por 20 anos, que o consumo moderado de bebida alcoólica é benéfico para a saúde. E dentre todas as bebidas testadas, o vinho apresentou o melhor resultado.
O médico Jairo Monson Filho, grande defensor do consumo responsável e limitado de vinho, comenta que esta é mais uma pesquisa médica a comprovar os benefícios do vinho para a saúde.

Os benefícios do consumo moderado de vinho são:

- Diminuir a incidência de doenças coronarianas: combate o mau colesterol (LDL), reduz risco de infartos e AVCs;

- Ação Antioxidante: retarda o envelhecimento, principalmente da pele. Consumo exagerado, pelo contrário, envelhece a pele.

- Proteger contra a demência: diminui a incidência de Mal de Alzheimer;

- Ação antiviral e bactericida: aumenta a resistência contra infecções;

- Diminuir incidência de problemas gastrointestinais: protege contra úlceras, cálculos biliares, auxilia na digestão;

- Diminuir a incidência de cálculos renais: tem ação diurética;

- Aumento da sensibilidade à insulina: pode ajudar no controle de diabetes tipo 2;

- Reduzir o risco de Osteoporose: Melhora a densidade óssea;

- Auxiliar no Emagrecimento: destrói células de gordura;

- Redução na incidência de câncer: efeitos preventivos e inibidores de diversos tipos de câncer, tais como de próstata, pulmão, ovário, aparelho digestivo, entre outros.

Mas lembrem-se, consumo excessivo é prejudicial. A dose ideal é entre 2 e 4 taças por dia, dependendo da massa corporal de cada individuo.

Fonte: Revista Adega, nº 61, pags. 66-68. Inner Editora.

P.S. NÃO PERCAM HOJE: GLOBO REPÓRTER COM TEMA VINHO E SAÚDE!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

REUNIÃO 17 - FOTOS




Fotos da Reunião 17:

1 - Confrades.
2 - Confrade do Mês e Sra. (Maisa e Pablo Coral).
3 - Bacalhoada.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

REUNIÃO 17: Portugal





14-dez-2010.
Confrade Gourmet: Pablo Ramon Coral.
Tema: Portugal.
Ausentes: Stélio Bonelli Porto.
Acompanhamento: Bacalhoada.

Depois de quase dois meses sem uma reunião oficial, já que a ultima havia sido realizada em São Paulo, e com várias ausências, os Confrades estavam ávidos por uma boa conversa e um bom vinho (principalmente este).
O Confrade do Mês recebeu a incumbência de nos mostrar com apenas 4 vinhos a diversidade enológica da Terrinha. E escolheu como prato para o acompanhamento uma legítima Bacalhoada Portuguesa, que contou com a Consultoria do amigo João Nunes, nascido em Pombal, mas a mais de 20 anos Joaquinense de coração.

PRIMEIRO VINHO: QUINTA DE SANTA EUFÊMIA, SAFRA 2006, DA REGIÃO DO DOURO. O Douro é uma das mais espetaculares regiões vitícolas do planeta, com seus vinhedos em patamares, com o Rio Douro no fundo vale. E há muito deixou de ser famoso apenas pelos seus vinhos licorosos, já que muitos produtores têm conseguido excelentes vinhos tranqüilos nesta região. É o caso desta Casa, fundada em 1864.
A Quinta de Santa Eufêmia localiza-se no Conselho de Lamêgo, freguesia de Parada do Bispo, a meia distância entre a Régua e o Pinhão, com vista para o Douro. Tem cerca de 45 hectares. É uma Quinta tipicamente duriense fundada em 1864 por Bernardo Rodrigues de Carvalho, sendo atualmente administrada pelos seus bisnetos. Esta Quinta tem grande tradição em Vinho do Porto, possui dois marcos pombalinos referentes à primeira demarcação da Região, realizada em 1756 por Marquês de Pombal (lembrando que o Douro foi o berço da primeira Denominação de Origem Controlada do mundo, criada justamente pelo Marquês). Apesar de desde sempre produzir vinho do Porto, apenas em 1994 com a atual geração, começaram a ser engarrafados e vendidos diretamente com a marca de “Quinta de Santa Eufêmia”. Manteve-se no entanto, todos os ancestrais conhecimentos de vinificação e envelhecimento, transmitidos de geração para geração. Atualmente vende para mais de 15 países, destacando-se o Japão, Canadá, Estados Unidos, Dinamarca entre outros. Na sua gama apresenta vários tipos de vinhos, realçando o Portos Branco 10, 20 e 30 Anos. Em 2004 também iniciou a produção de vinhos Douro DOC.
Este vinho, produzido com Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca (talvez o corte mais clássico de Portugal) se mostrou com uma coloração vermelha escura intensa, excelente olfato, com predomínio de frutas vermelhas e muito equilibrado em boca, com ótimo sabor, acidez leve (talvez pelos 10% de Touriga franca). Excelente vinho, que ao final foi apontado pelos Confrades como segundo melhor vinho e o de melhor custo beneficio.

SEGUNDO VINHO: VINHA DA DEFESA, HERDADE DO ESPORÃO, SAFRA 2007. Mais de 30 anos de história no Alentejo: Maturidade, Experiência e Saber. As raízes da Herdade do Esporão, e a sua tradição vitícola, remontam aos tempos pré-históricos das culturas megalíticas e da Idade do Bronze. Porém, já durante a ocupação romana, os vinhos, do então povoamento do Esporão, eram exportados para todo o Império. Os limites da Herdade foram estabelecidos em 1267 e foram mantidos, praticamente inalterados, desde a sua constituição.
Este vinho é produzido com corte de Touriga Nacional, Syrah e Aragonês, cor vermelha rubi intensa e escura, aromas de violetas, frutas vermelhas e um toque de carvalho, com um pouco de tabaco, um dos mais aromáticos já degustados nesta Confraria. No sabor, perfeita conjunção do corpo da Syrah com a elegância da Touriga. Excelente, não por acaso o melhor da noite. E por apenas R$ 50,00. Os 16,0% de álcool não se destacaram, dando a impressão de um vinho bem menos alcoólico.

TERCEIRO VINHO: ALIANÇA PARTICULAR, DÃO, SAFRA 2007. Um vinho menos pretensioso, com cor vermelha púrpura intensa, aromas minerais e sabor leve. Produzido com uma grande gama de castas, com destaque para Touriga Nacional, Alfrocheiro e Jaen. Mas ao todo são mais de 10 castas presentes neste vinho. Por R$ 30,00, acaba se tornando justo, mas sem grande destaque.

Para encerrar, O QUARTO VINHO: PERIQUITA DE JOSÉ MARIA DA FONSECA, SAFRA 2006. Um vinho de apelo comercial muito forte, um dos mais conhecidos nos supermercados brasileiros. O corte varia de ano para ano, mas predominado a Castelão (ou Periquita), Trincadeira e Tinta Roriz. Cor vermelha rubi intensa, aromas de frutas vermelhas, um pouco de compota, sabor leve e fácil de se tomar, apesar da acidez destacada e pronunciado teor alcoólico.

Excelentes escolhas, de 4 regiões distintas, mostrando a potencialidade deste grande País vitícola. Aproveitamos a ocasião para discutirmos a intenção dos patrícios de tornar a Touriga Nacional símbolo da vitivinicultura Portuguesa. As opiniões não foram unanimes, e nos resta torcer que qualquer que seja a decisão, que não atrapalhe os viticultores portugueses e que eles continuem produzindo excelentes vinhos.

Para o jantar, Pablo e Maísa nos ofertaram uma excelente bacalhoada, que teve a orientação do mais Português dos joaquinenses: João Nunes, o famoso João Português.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

POR FALAR EM VINHOS...(17)


... interessante reunião será realizada em Portugal neste mês de dezembro. A Associação ViniPortugal pretende associar a imagem vitivinicola de Portugal com a Touriga Nacional, a exemplo da Malbec na Argentina ou a Syrah na Austrália.
Pergunto aos Confrades e amigos deste modesto blog: será esta a decisão correta? Estará a Touriga Nacional em condições de ser produzida com a mesma qualidade em todas as regiões da Terrinha? Se os produtores começarem a substituir seus vinhedos pela Touriga Nacional, como ficará a manutenção das demais castas autóctones (Alvarinho, Castelão, Baga, etc.)? Serão fadadas ao esquecimento? E os grandes cortes de castas portuguesas com merlot e cabernet sauvignon, desaparecerão?
Além disso, a Touriga esta disseminada pelo mundo e tem produzido ótimos vinhos no Brasil, na Argentina, etc.
Sem dúvida, a Touriga Nacional é a base de muitos ótimos vinhos portugueses, mas não sei se seria o caso de torná-la única neste imenso País, enologicamente falando.
Que acham?
Uma boa discussão para nossa próxima reunião, dia 14 de dezembro, cujo tema será justamente os vinhos portugueses.
O Confrade Anfitrião Pablo que se prepare para a próxima reunião com boas Tourigas...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

NOTA DE PROVA (9)


VINHO: Barbaresco Pio Cesare
SAFRA: 2005
REGIÃO: Piemonte
PAÍS: Itália
DATA: 06-ago-2010
LOCAL: Decanter Wine Show (Florianópolis, SC)
PREÇO: R$ 326,00
AVALIAÇÃO: 94
Vermelho castanhado, escuro.
Aromas muito complexos de tabaco, chocolate, menta.
Na boca, potente e aveludado, muito persistente.
OBS.: Um dos melhores vinhos produzidos com a difícil uva Nebbiollo.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

POR FALAR EM VINHOS ... (16)




... liga-me o Confrade Juliano, diretamente de um jantar solene, com dúvidas de quais taças usar dentre as três colocadas a sua disposição. Como muitos enófilos ainda tem esta dúvida, creio que vale a pena discorrer sobre este assunto.
Já foi comprovado que uma leve alteração no tamanho e no formato da taça pode alterar o que os vinhos têm a oferecer. Assim, cada vinho tem sua taça adequada.
Champagnes e espumantes devem ser tomados em taças longas e estreitas (flutes) de modo que o perlage permaneça por mais tempo possível.
Vinhos tintos encorpados pedem taças bojudas e maiores, para que o vinho “respire” melhor.
Tintos leves, com Pinot Noir, por exemplo, podem ser servido em taças médias, ou com a borda curva para dentro, segundo ensina Jancis Robinson.
Brancos leves pedem taças médias, já que serão servidos refrescados e pouco vinho significa que haverá pouco tempo para que ele perca a temperatura ideal.
Já vinhos doces são servidos em doses pequenas, e, portanto em taças menores. Para o vinho do Porto existe um modelo ideal, facilmente encontrado nas melhores lojas do ramo.
Finalmente, existe uma discussão de qual taça deva ser usada em degustações com vários tipos de vinho. A mais recomendada é a tipo ISO, que é bastante versátil e serve para vários vinhos. Concursos mais renomados e organizados degustam cada vinho em seu tipo adequado de taça.
Para encerrar, ouso transcrever uma passagem do livro de Sérgio de Paula Santos (Queiroz Editora, 1985):
“Os deuses do Olimpo procuravam o mais belo recipiente para beber seu néctar sagrado. Apolo, encarregado da tarefa, escolheu como a forma ideal os seios de Helena de Tróia, a mais bela mulher de seu tempo. Designou então Páris, filho de Priamo, Rei de Tróia, para moldar a taça diretamente no modelo. Páris realizou sua missão em uma esplanada com toda a nobreza grega como testemunha. Helena, belíssima, teria aparecido com o busto coberto por um véu diáfano e o molde teria sido tomado em cera mole, sem o véu... Como os Deuses gregos gostavam de libações e bebedeiras, imagine-se o que se seguiu...”
O importante é sabermos que vinhos se servem em taças, sejam pequenas ou grandes, sejam pequenos ou grandes vinhos.
Nada melhor que saborear um bom vinho... De preferência, acompanhado. Se não for com Helena de Tróia, cada um com sua “Helena”...

P.S. A gravura de Helena e Páris é de 1788, pintada por Jackes-Louis David (1748-1825). Clicar na figura no topo do blog para ampliá-la.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

NOTA DE PROVA (8)



VINHO: Cerviollo - San Fabiano Calcinaia
SAFRA: 2004
REGIÃO: Toscana
PAÍS: Itália
DATA: 06-ago-2010
LOCAL: Decanter Wine Show (Florianópolis, SC)
PREÇO: R$ 211,00
AVALIAÇÃO: 93
Vermelho Rubi intenso.
Aromas intensos e complexos de amoras e tabaco.
Na boca, potente e persistente.
OBS.: Um Supertoscano emblemático, este vinho nos foi apresentado pelo Sr. Guido Serio.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

REUNIÃO 16 - FOTOS







Estas são as fotos da nossa reunião 16 (extraordinária). Tivemos alguns confrades ausentes, mas alguns convidados, já citados.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

REUNIÃO 16 - EMPÓRIO SANTA MARIA






06-nov-2010.
Local: Empório Santa Maria.
Tema: Diversos.
Ausentes: Juliano, Stélio e Pablo.
Acompanhamento: Bruschetta napolitana, pães.

Esta na verdade não foi uma reunião ordinária, mas um encontro realizado em São Paulo, SP, por ocasião de nossa ida ao GP Brasil de Fórmula 1. Ao estilo do ano passado quando conhecemos a Enoteca Decanter, desta feita optamos por conhecer o Empório Santa Maria, na Avenida Cidade Jardim, e sua máquina de servir vinhos em taça. Apesar da ausência de 3 confrades, contamos com a presença do amigo Ronaldo Denardi, grande conhecedor e apreciador de vinhos, além do joaquinense Caetano e sua esposa, estes vivendo há alguns anos na Capital Paulista. O Confrade Alexandre de Martin também estava acompanhado de sua esposa Adriana.
Para quem não conhece, esta máquina italiana possibilita a instalação de 8 garrafas de vinho hermeticamente, e com uma injeção de gás inerte, é retirado todo o oxigênio, permitindo que os vinhos possam ser conservados por até 20 dias. Mas, segundo o sommelier da casa, Juliano, os vinhos são trocados no máximo a cada 3 ou 4 dias devido ao movimento da loja.
Como são 6 máquinas, o cliente tem à sua disposição sempre 48 rótulos a escolher. Cada mesa recebe um cartão magnético que é colocado na máquina e libera um dos vinhos em uma das três doses disponíveis: 30, 60 ou 120 ml. Acima da máquina está a lista de vinhos com seus preços. E a cada vinho servido, antes de se retirar o cartão, é mostrado o saldo acumulado. Isto permite ao cliente o controle sobre seus gastos. Que não se elevam muito já que os preços praticados são o de atacadista mais 10%, convertidos para os mililitros tomados.
Assim, uma taça de 30 ml de um vinho de R$ 75,00 custa R$ 3,30, por exemplo.
Uma máquina muito interessante, que promete se disseminar pelos wine bares do Brasil, apesar de seu custo: acima de R$ 50 mil cada uma.

Dos 48 vinhos disponíveis, os confrades e convidados presentes degustaram cerca de 15 a 20, a livre escolha. Graças a este sistema, tivemos a oportunidade de numa mesma noite conhecer diversos e bons vinhos.

Da França: Chateuneaf Du Pape Telegramme, Chateau Robine, Chateau St Roch, Roux Père e Fils Saint-Aubin e ainda um 2e cru classe casa Margaux, entre outros.
Da Itália: os excelentes toscanos Peppoli da Antinori, Sassoaloro da Biondi Santi e Il Brusciato Bolgheri.
De Portugal: os famosos Pera Manca, tanto tinto quanto branco, o alentejano Cortes de Cima, e o Quinta do Crasto.
E ainda Argentinos (Catena Alta), Chilenos (Leyda), Neozelandeses (o excelente pinot noir da Saint Clair) e rieslings Alemães.
Do Brasil, apenas um vinho: Villa Francioni Rose.

Um excelente local para se tomar vinhos na Paulicéia. Fica nossa recomendação.

sábado, 30 de outubro de 2010

NOTA DE PROVA (7)


VINHO: Cremant de Bourgogne Brut François Labet – Domaine Pierre Labet
SAFRA: 2009
REGIÃO: Borgonha
PAÍS: França
DATA: 06-ago-2010
LOCAL: Decanter Wine Show (Florianópolis, SC)
PREÇO: R$ 95,00
AVALIAÇÃO: 92
Cor rosa cereja brilhante.
Perlage fina e magnífica, aromas de frutas vermelhas, tostado.
Na boca, sensação de frescor, excelente e prazerosa.
OBS. Espumante com 100% Pinot noir.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

REUNIÃO 15 - FOTOS



Fotos da reunião 15 (que numero em Stélio?):

Na primeira: Rose, Stélio e a Paçoca de Pinhão. Aliás, pinhão macaco fresco, não congelado. Raridade.

Segunda foto: Confrades presentes.

REUNIÃO 15 - CARMENERE






18-out-2010.
Confrade Gourmet: Stélio.
Tema: Carmenere.
Ausentes: todos presentes.
Acompanhamento: Paçoca de pinhão.

Uma grande escolha e uma grande harmonização: Carmenere e Paçoca de Pinhão. Apesar da distancia geográfica entre os vinhos chilenos e a região onde a paçoca é um prato típico (Serra Catarinense), a conjunção de sabores foi positiva. Stélio foi feliz neste encontro de sabores.

Depois de ter desaparecido na França, seu país de origem, ainda no século 19 graças ao ataque da cochonilha Filoxera, a Carmenere foi muito plantada no Chile e confundida com Merlot, mas só foi identificada na década de 90 do século passado, a cerca de 20 anos apenas. E graças a sua ótima adaptação ao terroir chileno, principalmente vale de Colchagua, apesar do seu amadurecimento muito tardio, se tornou a uva símbolo deste país.

Seus vinhos são de cor escura, aromas herbáceos se colhida um pouco verde (por isso a pouca adaptação a outras regiões), de frutados a chocolate e café. São vinhos encorpados, de baixa acidez, saborosos.

Para iniciar as degustações, mais uma vez às cegas, COSTA PACIFICO SAFRA 2008. Importado pelo Miolo Wine Group. Cor Vermelha viva, escuro. Boa intensidade de aromas, de frutas a chocolate, bastante típico. Boa evolução em boca, bom corpo, um pouco adocicado, baixa acidez. Com seus R$ 20,00, era a pegadinha da noite e foi eleito o de melhor custo beneficio.

O segundo vinho foi o VENTISQUERO QUEULAT SAFRA 2007. Originado no Vale do Maipo, cor vermelha rubi intensa. Aromas complexos de frutas secas, pimenta e tostado. Muito encorpado, de boa qualidade em boca, apesar dos taninos bastante presentes. Apesar de mais barato (R$ 50,00) que seu irmão e rival da noite (abaixo), foi eleito o melhor vinho da degustação.

Terceiro vinho: GRAN RESERVA RIBERA DEL CACHAPOAL SAFRA 2007. Cor vermelha púrpura, intenso. Aromas de chocolate e coco. Encorpado, tânico, mais ácido que os anteriores. Bom vinho para seus R$ 59,00, rótulo bonito, mas se esperava mais deste vinho.

Para encerrar a noite, VENTISQUERO GREY SAFRA 2007, Vale do Maipo, Chile. Cor vermelha cereja, intenso. Aromas um pouco herbáceos, complexos, frutas, pimenta, chocolate. Média estrutura, parece ter sido colhido um pouco antes do ideal. Bom vinho, mas aquém do seu irmão Queulat (acima).

O que chamou a atenção entre todos os vinhos foi a uniformidade de cores e sabores entre eles. E a facilidade com que a Carmenere é tomada. Apesar da variação das notas, todos bons vinhos.

Para o jantar, uma típica Paçoca de Pinhão estilo Serrano, preparada pelo casal Gourmet Rose e Stélio. Harmonização muito interessante, mostrando a versatilidade da Carmenere.

domingo, 17 de outubro de 2010

NOTA DE PROVA (6)


VINHO: Amarone della Valpolicella Classico Vigneto Alto TB
SAFRA: 2005
REGIÃO: Veneto
PAÍS: Itália
DATA: 06-ago-2010
LOCAL: Decanter Wine Show (Florianópolis, SC)
PREÇO: R$ 635,00
AVALIAÇÃO: 96
Vermelho Rubi escuro.
Aromas complexos de frutas, tostado e compota.
Na boca, excelente, saboroso, aveludado.
OBS: Robert Parker deu 97 pontos a este vinho. Tomaso Bussola é considerado um dos 3 melhores produtores de Amarone.

POR FALAR EM VINHOS... (15)




... interessante comunicado de François Labet enviado em 26 de setembro: neste dia iniciou a colheita da 100ª safra do espetacular Chateau La Tour! Este vinho será muito bem cuidado e a safra ajudou, com uvas de excelente qualidade. Será uma comemoração especial para as mudas plantadas há 100 anos! Estas justificam a frase "Vielles Vignes" de seu rótulo!!

POR FALAR EM VINHOS ... (14)

... vem ai a 2ª Mostra Estadual de Vinhos de Santa Catarina. Desta vez a sede do evento será Balneário Camboriu, e o evento será realizado em 17 e 18 de novembro de 2010.
Com a consolidação de Santa Catarina como produtora de vinhos finos, o evento cresce em importância e deverá ter a presença de quase 1000 pessoas nos dois dias do evento. As principais vinícolas do estado já confirmaram presença. É uma excelente oportunidade para o público do litoral norte conhecer os vinhos que estão sendo produzidos no Estado.
Ano passado o evento foi realizado em São Joaquim, SC, e foi um sucesso.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

NOTA DE PROVA (5)


VINHO: Muros de Melgaço
SAFRA: 2008
REGIÃO: Minho
PAÍS: Portugal
DATA: 06-ago-2010
LOCAL: Decanter Wine Show (Florianópolis, SC)
PREÇO: R$ 124,00
AVALIAÇÃO: 91
Amarelo palha intenso,tons dourados, límpido.
Aromas de frutas, mel e compota.
Muito elegante, untoso, saboroso, encorpado.
OBS: Um grande vinho do craque Anselmo Mendes, já eleito o melhor enólogo de Portugal e atual consultor da Quinta da Neve no Brasil. (Obrigado pelo livro!)
Este vinho é por muitos considerado o melhor Alvarinho do mundo!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

REUNIÃO 14 - VELHO MUNDO





27-set-2010.
Confrade Gourmet: Juliano.
Tema: Velho Mundo.
Ausentes: todos presente.
Acompanhamento: Carreteiro.

Reunião 14: Vinhos do Velho Mundo do Vinho (França, Itália, Espanha e Portugal). Para aumentar o desafio, o Confrade Gourmet do mês, Juliano, escolheu vinhos envelhecidos e renomados. Para criar um desafio na reunião, degustação às cegas com indicação dos presentes de que país se originava cada vinho, porém todos sabendo quais eram os quatro países. Parecia fácil...

Para iniciar, FINCA ALLENDE SAFRA 2004, RIOJA, ESPANHA. Tempranillo. Vermelho acastanhado, aromas complexos de frutas, pimenta, chocolate, um tanto químico, presente também o álcool. Encorpado, bom fim de boca, boa acidez. 13,5 % de álcool. Vinho, que já recebeu 92 pontos de Robert Parker. Ou ele foi generoso ou experimentou o vinho mais novo... Mas um ótimo vinho, sem dúvida. Muitos acertos no palpite do país de origem. R$ 198,00.

Segundo Vinho: CARM GRANDE ESCOLHA, SAFRA 2001, DOURO, PORTUGAL. Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca. 14,0% de alcool. Vermelho escuro, opaco, com borras. Merecia decantação. Aromas de pimenta, frutas secas (ameixa seca) e pimenta. Encorpado, ácido, taninos macios, vazio de boca. Quase passando do ponto de degustação. Maior responsável pelos erros sobre a origem, não mostrou a tipicidade dos vinhos portugueses. Pior da noite. R$ 180,00. Em 2003 foi medalha de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas, edição portuguesa.

Terceiro vinho: CHATEAU LA TOUR L´ASPIC, SAFRA 2004, BORDEAUX, FRANÇA. 70% Cabernet Sauvignon, 25% Merlot e 5% Cabernet Franc. 13,0% de álcool. Vermelho acastanhado, aromas frutados e um pouco mineral, encorpado, tânico, mas arredondado. Segundo vinho da casa, elaborado com vinhas velhas de La Tour de L´Aspic e novas de Haut-Batailley. Esperava-se mais deste vinho, mas foi aquele com maior índice de acertos quanto à origem e foi o melhor da noite. R$ 236,00.

Para encerrar: TEMPO MORELLINO DI SCANSANO, SAFRA 2006, MAREMMA (TOSCANA), ITÁLIA. Chianti Clássico com base na casta Morellino (Sangiovese), com partes de Cabernet Sauvignon e Alicante. 13,5% de álcool. Vermelho rubi, sem aparência de envelhecimento, aromas minerais, complexos. Um pouco herbáceo e tânico, mas agradável. R$ 117,00. Menos envelhecido e melhor custo beneficio entre os quatro vinhos da noite. Gastronômico, fechou muito bem com o carreteiro servido pelo Confrade Juliano.

Ao final, ninguém acertou a origem dos quatro vinhos. Mas uma noite de vinhos muito interessantes, mostrando vinhos envelhecidos e evoluídos.

domingo, 26 de setembro de 2010

REUNIÃO 13 - FOTOS





Com atraso, as fotos dos vinhos da reunião 13, realizada no Marcio.

NOTA DE PROVA (4)


VINHO: Luis Cañas Hiru 3 Racimos
SAFRA: 2003/04/05
REGIÃO: Rioja
PAÍS: Espanha
DATA: 06-ago-2010
LOCAL: Decanter Wine Show (Florianópolis, SC)
PREÇO: R$ 512,00
AVALIAÇÃO: 92
Cor vermelho rubi intenso, límpido.
Aromas de frutas.
Encorpado, elegante.
OBS: Um dos grandes vinhos feitos com a Tempranillo, proveniente de vinhedos de mais de 80 anos de plantio!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

NOTA DE PROVA (3)


VINHO: Brunello di Montalcino Riserva Caprilli
SAFRA: 2004
REGIÃO: Toscana
PAÍS: Itália
DATA: 06-ago-2010
LOCAL: Decanter Wine Show (Florianópolis, SC)
PREÇO: R$ 308,00
AVALIAÇÃO: 97
Cor vermelho rubi intenso.
Frutas passas, pimenta.
Encorpado, taninos não agressivos, sensação de calor.
Excelente!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

NOTA DE PROVA (2)


VINHO: Barolo Ornato Pio Cesare
SAFRA: 2005
REGIÃO: Piemonte
PAÍS: Itália
DATA: 06-ago-2010
LOCAL: Decanter Wine Show (Florianópolis, SC)
PREÇO: R$ 425,00
AVALIAÇÃO: 95
Cor vermelho rubi passando para alaranjado, escuro.
Aromas de frutas, tabaco e chocolate.
Encorpado, taninos não agressivos. Persistente
OBS: Em companhia de Renato Sander e Ricardo D´Aquino. Excelente.

POR FALAR EM VINHOS... (13)


... catarinenses ganham 14 medalhas em concurso nacional!

O 7º Concurso Nacional de Vinhos Finos e Destilados foi realizado entre dos dias 9 e 11 de setembro, no Rio do Rastro Eco Resort, em Bom Jardim da Serra - SC.
Os vinhos finos de altitude de Santa Catarina levaram 14, das 50 medalhas concedidas a vinhos brasileiros, no 7o Concurso Nacional de Vinhos Finos e Destilados/Concurso Mundial de Bruxelas edição Brasil 2010. Os vinhos catarinenses premiados foram escolhidos entre 186 amostras inscritas no concurso. Foram quatro medalhas de Prata, sete de Ouro e três Gran Ouro, uma fatia de 28% de todas as premiações. As empresas contempladas foram a Sanjo, Suzin, Quinta Santa Maria, Panceri, Kranz, Quinta da Neve, Pericó e Santo Emílio.

Doze jurados, sendo quatro estrangeiros e oito brasileiros, degustaram às cegas as 186 amostras de vinhos recebidas de várias partes do Brasil: Vale do Rio São Francisco, no Nordeste; Campanha Gaúcha, Vale dos Vinhedos, Flores da Cunha e Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul; de São Joaquim, Caçador e Campos Novos, em Santa Catarina, e do Paraná. Também foram analisadas 35 amostras de destilados brasileiros.

As vinícolas Sanjo e Suzin, ambas de São Joaquim, levaram três medalhas cada. A Suzin ganhou duas medalhas Gran Ouro, uma com o Cabernet Sauvignon 2007 e outra com seu Merlot também 2007. A terceira medalha, essa de Ouro, foi conquistada com o Suzin Rosé 2008. A Sanjo conquistou uma medalha Gran Ouro com seu Núbio Sauvignon Blanc 2009. E ganhou duas outras medalhas, essas de Ouro, com o Maestrale Integrus Chardonnay/Sauvignon Blanc 2008 e com o Núbio Rosé Cabernet Sauvignon 2008.

A Quinta Santa Maria, de São Joaquim, conquistou duas medalhas, uma de Ouro, com o Utopia Glamour Chardonnay, e outra de Prata, com o Utopia Lote Um. Também a vinícola Panceri, de Tangará, ganhou duas medalhas, uma de Ouro, com o espumante Panceri Moscatel, e outra de Prata, com o Reserva Panceri Cabernet Sauvignon 2006.

A vinícola Pericó, de São Joaquim, conquistou uma medalha de Ouro com o espumante Pericó Brut Branco Charmat 2010.

Também de São Joaquim, a Quinta da Neve levou uma medalha de Prata com seu Cabernet Sauvignon 2008. A vinícola Kranz levou outra medalha de Prata, com seu vinho de estréia, o Kranz Merlot 2008. E a vinícola Santo Emílio, de Lages, levou uma medalha de ouro com seu Espumante Rosé Brut Stellato.

“Isso mostra o reconhecimento de um trabalho que começou há dez anos. As regiões de altitudes de Santa Catarina começam a mostrar seus frutos, que estão sendo reconhecidos inclusive por pessoas de fora de Brasil”, afirmou o presidente da Associação Catarinense dos Vinhos Finos de Altitude – Acavitis, Eduardo Bassetti. Ele lembrou que as regiões da Acavitis têm apenas cerca de 50 rótulos de vinhos no mercado e praticamente 30% deles ganharam medalhas no 7o Concurso Nacional de Vinhos Finos e Destilados. “Acho que esse concurso mostra que temos condições de fazer vinhos de qualidade”, complementou Bassetti.

O diretor-geral da Vinopres, Baudouin Havaux, mostrou-se positivamente surpreso com o que viu e provou em São Joaquim e Bom Jardim da Serra. “Fala-se muito dos vinhos de altitude em todo o mundo. Mas aqui no Brasil deu-se uma prova, em muito pouco tempo, menos de cinco anos, da possibilidade de fazer vinhos de alta qualidade nessas zonas mais frias”, afirmou o organizador do Concurso Mundial de Bruxelas. E complementou: “é um pouco do futuro”.

O Concurso Mundial de Bruxelas existe há 18 anos na Europa. É um grande concurso mundial, que reúne mais 7 mil amostras de vinhos, avaliadas por mais de 250 especialistas de vários países. Fora da Europa, a Vinopres, organizadora do evento, realiza concursos nacionais no Chile, Argentina, Uruguai e Brasil. No Brasil, o concurso começou em 2004, em parceria com a empresa Market Press. Ele é realizado, a cada ano, em uma região diferente. O objetivo é dar visibilidade aos bons vinhos e destilados nacionais e às regiões produtoras de vinhos no país.

Fonte: ACAVITIS.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

NOTA DE PROVA (1)


Começando uma nova série, serão descritos alguns vinhos já degustados fora da Confraria, como orientação aos interessados ou como curiosidade.

VINHO: Chateau La Tour Clos Vougeot Grand Cru
SAFRA: 2006
REGIÃO: Borgonha (Côte de Nuits)
PAÍS: França
DATA: 06-ago-2010
LOCAL: Decanter Wine Show (Florianópolis, SC)
PREÇO: R$ 735,00
AVALIAÇÃO: 97
Cor vermelho rubi claro, límpido, quase translucido, típico Pinot Noir.
Aromas de frutas (morango e framboesa), também bastante típico da casta.
Excelente sabor.
OBS: Apresentado por François Labet, em companhia de Ana Paula e Edson Hermann.

POR FALAR EM VINHOS... (12)




... em final de agosto o critico Marcelo Copello divulgou sua avaliação, que ele denomina a “MAIOR PROVA DOS TINTOS BRASILEIROS”.
Na prova deste anos, foram mais de 80 vinhos, todos tintos e nacionais. Vocês concordam com a avaliação? Quais vinhos citados já experimentaram? Deixem seus comentários!
A seguir a relação de vinhos por ele avaliados:

Cabernet sauvignon
Vinho Safra Produtor Região Preço NOTA
Quinta do Seival 2006 Miolo Fronteira-RS R$ 45,00 86
Premium 2005 Don Abel Casca-RS R$ 34,90 85
Maestrale 2005 Sanjo São Joaquim-SC R$ 48,00 84
Villa Lobos 2006 Casa ValdugaVale dos Vinhedos R$ 100,00 84
Cabernet Sauvignon 2008 Quinta da NeveSão Joaquim-SC R$ 39,60 84
Reserva 2004 Fabian Nova Pádua-RS R$ 41,50 83
Cabernet Sauvignon 2000 Maximo BoschiSerra Gaúcha R$ 49,00 83
Via 1986 2005 Viapiana Flores da Cunha R$ 70,00 83
Reserva 2006 Don LaurindoSerra Gaúcha R$ 40,52 82
Reserva 2008 Coop.Aurora Bento Gonçalves R$ 24,00 82
Rio Sol Winemaker´s Sel.2008 Vit. Sta MariaVale S.FranciscoR$ 34,00 82
Reserva 2004 Vallontano Vale dos Vinhedos R$ 59,90 82
Cabernet Sauvignon 2007 Suzin São Joaquim-SC R$ 45,00 81
Volpi 2007 Salton Bento Gonçalves R$ 30,00 80
Don Miguel 2005 Vin. Don Miguel Garibaldi R$ 35,00 80
Cabernet Sauvignon 2007 Villaggio Grando SC R$ 47,20 80
Variété 2005 Maison Dachery Serra Gaúcha R$ 47,00 78



MERLOT
Vinho Safra Produtor Região Preço* Nota
1 Merlot DNA 99 2005 Pizzato Vale dos Vinhedos R$ 110,00 89
2 Desejo Merlot 2006 Salton Bento Gonçalves R$ 85,00 88
3 Storia Merlot 2006 Casa Valduga Vale dos Vinhedos R$ 118,00 87
4 Merlot Terroir 2008 Miolo Vale dos Vinhedos R$ 69,00 87
5 Merlot Reserva 2005 Vallontano Vale dos Vinhedos R$ 49,90 85
6 Grans Merlot Premium 2005 Valmarino Pinto Bandeira-RS R$ 40,00 85
7 Merlot 2000 Maximo Boschi Serra Gaúcha R$ 49,00 84
8 Merlot 2007 Villaggio Grando Água Doce-SC R$ 47,20 84
9 Premium Merlot 2005 Don Abel Casca-RS R$ 34,90 83
10 Rio Sol WS Merlot 2006 Vitivícola Santa Maria Vale do São Francisco R$ 34,00 83
11 Merlot 2007 Suzin São Joaquim-SC R$ 45,00 82
12 Merlot 2007 Viapiana Flores da Cunha-RS R$ 44,00 82
13 Reserva Merlot 2007 Don Laurindo Serra Gaúcha R$ 40,52 82
14 Reserva Merlot 2007 Terragnolo Vale dos Vinhedos R$ 32,60 81

CORTES
Vinho Safra Produtor Região Preço* Nota
Villa Francioni 2005 Villa Francioni São Joaquim-SCR$ 120,00 88
Salton 100 anos 2008 Salton Serra Gaúcha ainda sem preço 87
Gran Reserva 2005 Don Laurindo Serra Gaúcha R$ 157,51 87
Alem Mar 2008 Villaggio Grando SC R$ 60,00 87
Concentus 2005 Pizzato Vale dos Vinhedos R$ 60,00 86
Don Gran Reserva 2005 Don Abel Casca-RS R$ 65,00 86
Vinha Maria 2007 Vit.Santa Maria Vale S. Fco. R$ 58,00 86
Reserva dos Pampas 2004 Cordilheira de Sant´ana Campanha Gaúcha R$ 22,50 86
Dueto Pinot Noir & Shiraz2010 Casa Valduga Vale Vinhedos R$ 30,00 85
Leopoldo 2007 Vin. Sto. EmílioSerra Catarinense sem preço 84
Reserva da Família 2004 Valmarino Pinto Bandeira-RS R$ 35,00 84
Maximus NV Panizzon Flores da Cunha-RS R$ 49,82 84
Cab. Sauv. Merlot, Ancelota2005 MilantinoVale dos Vinhedos - 83
Prelúdio 2007 Vinha Solo Campos Cima da Serra-RSR$ 46,30 81
Terranova Cab.Sauv.-Shiraz2007 Miolo Vale do São Francisco R$ 15,00 81


Pinot noir
Vinho Safra Produtor Região Preço NOTA
RAR Collezione 2009 Miolo Campos de Cima da Serra-RS R$ 45,00 86
Pinot Noir 2008 Quinta da Neve São Joaquim-SC R$ 63,00 83
Pinot Noir 2010 Pericó São Joaquim-SC R$ 50,00 80


Outras castas
Vinho Safra Produtor Região Preço NOTA
Rio Sol Winemaker´s Selec. Touriga Nacional 2008 Vitivícola Santa Maria Vale do São Francisco R$ 34,00 87
Arinarnoa Single Vineyard2006 Casa ValdugaVale dos Vinhedos R$ 58,00 86
Ancelota 2007 Don Guerino Serra Gaúcha R$ 59,00 86
Michelli 2005 Villa Francioni São Joaquim-SC R$ 198,00 85
Barbera 2007 Angheben Encruzinhada do Sul R$ 35,50 84
Cab. Franc X 2005 Valmarino Pinto Bandeira-RS R$ 45,00 83
Tempranillo 2008 Laurentia Vale dos Vinhedos R$ 39,90 83
Teroldego 2006 Milantino Vale dos Vinhedos R$ 35,00 83
Peq. Partilhas Cab. Franc 2008 Cooperativa AuroraBento GonçalvesR$ 36,00 82
Montepulciano 2007 Panizzon Serra Gaúcha R$ 22,60 77

domingo, 29 de agosto de 2010

REUNIÃO 13 - AUSTRÁLIA + URUGUAI.

23-ago-2010.
Confrade Gourmet: Marcio.
Tema: Austrália e Uruguai.
Ausentes: Juliano.
Acompanhamento: Picanha assada e lasanhas de legumes e bolonhesa.

Depois de quase 60 dias, retornamos nossas reuniões ordinárias, desta feita na casa do Confrade Gourmet do mês, Márcio. O tema acabou sendo dividido entre dois países do Novo Mundo do vinho. Como a Copa do Mundo de Futebol já passou, evitamos o confronto Austrália x Uruguai, e preferimos Austrália + Uruguai, somando conhecimentos acerca de suas variedades simbólicas: Syrah (ou Shiraz como preferem os australianos) e Tannat, sem comparações entre elas. A escolha se deu mais pela curiosidade de ver vinhos de mesma latitude.

A Austrália caracteriza-se pela consistência de seus vinhos, onde um mínimo de qualidade é encontrado em cada garrafa. Necessita bastante irrigação nos vinhedos, mas consegue ótimas colheitas (Robinson, Jancis). Pena que pela distancia e por ter se tornado a maior exportadora de vinhos para o Reino Unido, superando a França, seus vinhos cheguem tão caros até o consumidor brasileiro.

Abrindo os trabalhos da noite, Marcio apresentou a para nós desconhecida vinícola WAKEFIELD, uma tradicional vinícola da Austrália, responsável por alguns dos melhores vinhos do país, que trabalha com uvas provenientes de vinhedos cuidadosamente cultivados, que são vinificados com as mais sofisticadas técnicas. Seus vinhos refletem o terroir único do Clare Valley e expressam de forma irresistível toda a complexidade dos vinhos do Novo Mundo. Seu PROMISED LAND 2007, corte de Syrah (60%) com Cabernet Sauvignon (40%) mostrou uma ótima cor vermelho rubi, aromas complexos lembrando pimenta e chocolate, e na boca mostrou-se bastante harmônico, apesar de seu teor alcoólico de 14,5%. Após a degustação dos quatro vinhos da noite, acabou abocanhando o primeiro lugar, e eleito ainda o de melhor custo beneficio. Um belo vinho. Para uma vinícola tão premiada nos mais diversos concursos mundiais, mais uma conquista. Este vinho especificamente já ganhou medalhas no mundo todo.

Seu conterrâneo MITOLO JESTER, Safra 2006, do McLaren Vale, uma das mais importantes regiões da Austrália, foi o segundo vinho da noite. Já levou 91 pontos de Robert Parker. Cor vermelha intensa, aroma um pouco mineral, um vinho complexo, estruturado com seus 14,5% de álcool, taninos aveludados, sabor muito bom, sedoso. Conquistou o segundo lugar da noite, por muito pouco (um voto apenas). Preço elevado: R$ 85,00.

Pegamos nossas taças e “voamos” da Austrália para o Uruguai.
País com pequena produção, marcada pela uva Tannat, o Uruguai renovou muitos vinhedos nos últimos 10 anos e cresceu em qualidade vinícola.

O primeiro uruguaio, e terceiro da noite, foi o DON PASCOAL, corte de Tannat e Merlot, Safra 2006, com 12,5% de álcool. Aromas leves, cor atijolada, mostrando a idade. Tanino presente, mas não agressivo. Deveria estar melhor há alguns anos, acabou eleito o pior da noite.

Para encerrar, ENIGMA, safra 2004, da renomada Casa Filgueira. Ótimos aromas, cor viva, apesar da idade. Tanino presente e bastante típico da variedade, se mostrou mais novo que o anterior, apesar de dois anos de diferença. Bom vinho, boa relação de preço para seus R$ 68,00.

Uma bela noite, com vinhos diferentes, mas bem aproveitados.
No jantar, boa harmonização com picanha assada com batatas em ervas e lasanhas de legumes e de molho branco. Parabéns à Lusiane e ao Márcio!
P.S.: As tradicionais fotos dos rótulos virão na próxima postagem!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

POR FALAR EM VINHOS... (11)



... o renomado crítico Jorge Carrara teceu comentário na Folha de São Paulo do ultimo dia 12/08. Segundo Carrara, o Quinta da Neve Chardonnay safra 2008 foi um dos destaques de vinhos brancos da 3ª Decanter Wine Show. Com 87 pontos em 100 possiveis, este vinho brasileiro figura ao lado de Jean Luc Colombo, com seu Hermitage Les Graviere safra 2008, originário do Vale do Rhône, e do Kilikanoon Mort´s Block Riesling 2009, da Austrália. Estes dois obtiveram 89 e 91 pontos respectivamente.
Uma bela apresentação do Chardonnay brasileiro.

Fonte: Folha de São Paulo, 12/08/2010.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

POR FALAR EM VINHOS... (10)


... realizou-se na ultima sexta-feira (06) a 3ª Edição do Decanter Wine Show, evento de vinho de maior sucesso, realizado bianualmente desde 2006. Nesta edição, foram cinco noites de muita organização e excelentes vinhos: Rio de Janeiro, São Paulo (duas noites), Belo Horizonte e Florianópolis. Personagens de renome internacional estavam entre os 70 produtores presentes, resultando em mais de 450 vinhos!
Desfrutar desta seleção de produtores, conversar com eles e entender o que fez a diferença em cada safra e em cada vinho apresentado é uma oportunidade única, proporcionada pelos amigos da Decanter Importadora.
A idéia inicial era iniciar a “tour” da mostra pelos champagnes, cavas e espumantes, passar para os brancos, depois os tintos leves e encerrar com os tintos mais encorpados.
Ana Paula e eu tivemos a sorte de começar na mesa do Sr. Domingos Alves de Souza, sozinhos, o que nos permitiu conversar bastante com ele e degustar o excelente Quinta da Gaivosa Reserva Douro 2007, um corte de Arinto, Malvasia e Gouveio. Saímos na promessa de voltar aos seus tintos mais tarde, mas faltou tempo...
Já na segunda mesa a seqüência programada foi quebrada. Era para experimentar apenas o Cremant de Bourgogne do Domaine Pierre Labet, mas aproveitamos a presença do Edson Hermann, que nos apresentou ao simpático e eficiente François Labet, para passar toda a sua linha. Iniciando pelo Cremant, depois os Chardonnay, seguindo pelos tintos: Pinot Noir François Labet 2008, Bourgogne Pinot Noir Vieilles Vignes 2008, Beaune 1er Cru Coucherias 2007, encerrando com simplesmente o melhor (e mais caro) vinho da mostra: Clos-Vougeot Grand Cru 2006 (de R$ 735,00). Simplesmente espetaculares vinhos, deste que é considerado o maior e melhor produtor do Grand Cru Clos-Vougeot. Já valeu a noite.
Mas tinha mais: seguimos para o Barnaut, especializado em champagnes de Pinot Noir, fundada em 1874. Experimentamos cinco dos seus produtos, diferentes pela composição (mas sempre com predomínio da Pinot Noir), e diferentes métodos de fermentação. Simplesmente deliciosos. Não há espaço para descrição das degustações. A esta altura, precisávamos tomar fôlego. Renato Sander já nos acompanhava neste momento. Passamos pelo excelente Buffet de frios e quentes do Hotel Majestic.
Retornamos experimentando um Prosecco do Bedin, da Itália, e logo em frente, paramos novamente em outro produtor, desta vez o espanhol Raventós i Blanc e seus Cavas. Mais quatro excelentes borbulhantes. E um branco tranqüilo de Macabeo e Moscato.
Ao lado, Anselmo Mendes, o mestre dos Alvarinhos, consultor da Quinta da Neve aqui no Brasil e de diversas vinícolas portuguesas, dentre elas o já citado Domingos Alves de Souza. Acabamos presenteados pelo Anselmo com um livro de seu amigo escritor João Afonso. Presente maior foi degustar seus excelentes brancos desta casta que faz sucesso nos vinhos verdes.
De Português para Portuguesa: Dorina Lindemann, da Quinta da Plansel, simpática viúva do Sr. Thomas Lindemann, um dos descobridores da região de Pinheiro Machado, no Rio Grande do Sul para vinhos finos. Muito conversamos sobre o início da BAT Vinhas e Vinhos, mas também sobre seus ótimos vinhos: Marques de Montemor (Branco de Viosinho, Antão Vaz e Arinto e o Tinto de Trincadeira, Tinta Roriz e Touriga Nacional), Plansel Touriga Nacional 2006 e Dorina Lindemann Limited Edition Alentejano 2007, um excelente corte de Tinta Roriz e Syrah).
Próxima parada, a sul africana Raka, com um excelente Pinotage e o destaque para seu Sauvignon Blanc safra 2009.
Fomos em frente: Luis Cañas e seus excelentes tempranillos e grenaches, encerrando com o grande Hiru 3 Racimos Rioja 2003.
Já havíamos tomado metade do tempo da feira, hora de visitar mitos...
San Fabiano Calcinaia, do já conhecido Guido Serio, com seus cinco vinhos, destaque para os premiados Chianti Classico e o Cerviollo, um grande supertoscano.
Continuando com os italianos, os Brunellos de Montalcino do Caprilli. Depois, uma passagem no excelente Chateau Bel Air Perponcher, conversando bastante com o simpático Jean Louis Despagne, sua engraçada gravata borboleta colorida e seu português quase perfeito. Mostrou-nos que é possível fazer grande vinho de Bordeaux abaixo de R$ 100,00. O Chateu Bel Air Perponcher Reserve 2007 é excelente custo beneficio.
Já que o horário de encerramento da feira estava se aproximando, dois grandes produtores de Amarone italiano: Tommaso Bussola e Michelle Castellani. Difícil dizer qual o melhor dos amarones, vinhos que valem cada real neles investido, nem que seja os mais de R$ 600,00 do Amarone Classico Vigneto Alto 2005!
Para encerrar os tintos, Pio Cesare e seus imprescindíveis Barolos e Barbarescos. Vinhos que dispensam comentários!
E antes que as luzes apagassem, um Porto Quinta da Gaivosa. E uma dose do Armagnac 25 Ans da Delord.
Que noite! Já dá para começar a se organizar para ir à próxima edição do Decanter Wine Show, em 2012, que desta vez deverá ser em Porto Alegre, além de São Paulo, Rio e Belo Horizonte.

Nas próximas edições deste blog, vamos listar os melhores vinhos e as melhores compras desta feira. Aguardem!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

POR FALAR EM VINHOS... (9)



... ficamos sem lançar novos textos neste blog por um bom tempo, pelas viagens e outros compromissos. Não pretendemos ser um jornal do vinho, e nosso propósito ao criar este blog era apenas diversão, não mais um compromisso. De qualquer forma, nossas desculpas aos seguidores e amigos pela desatualização temporária.
O tema a ser tratado hoje é assunto do excelente Guia Quatro Rodas Vinho, da Editora Abril, em sua 5ª edição. Segundo o guia, citando estudo do Comité National dês Conseillers Du Commerce Exterieur da La France (CCE), China, Brasil e Índia assumirão no futuro breve a liderança no mercado dos produtores de vinho, formando o New New World (Novo Novo Mundo) do vinho. Estes países, segundo o estudo, seriam beneficiados pelo aquecimento global, mesmo que temporário, pela expansão de suas áreas de produção e pelo desenvolvimento tecnológico, além do aumento da globalização mundial do consumo.
Segundo a CEE, a área plantada na China aumentou 173% em 10 anos, atingindo 6% dos vinhedos do planeta. E as suas exportações aumentaram 230% em volume no mesmo período.
Os dados referem-se ao Brasil com uma extensa área aproveitável para a cultura da videira e a evolução dos processos de fabricação, com tecnologia de primeiro mundo. Só os espumantes tiveram incremento de 17% em 2009.
E a Índia pode despontar com tecnologia para se transformar em celeiro de vinhos de topo, além da produção em larga escala.
Uma boa notícia, principalmente para as novas regiões que surgem no Brasil, onde já se pensa hoje em produção de alta qualidade, que pode quem sabe abastecer o mundo dos vinhos.

Neste dia 06 de agosto estaremos no Decanter Wine Show, no Hotel Majestic, em Florianópolis, SC. Semana que vem trataremos dos destaques desta que é uma das principais feiras de vinho do Brasil. Até lá...