domingo, 29 de agosto de 2010

REUNIÃO 13 - AUSTRÁLIA + URUGUAI.

23-ago-2010.
Confrade Gourmet: Marcio.
Tema: Austrália e Uruguai.
Ausentes: Juliano.
Acompanhamento: Picanha assada e lasanhas de legumes e bolonhesa.

Depois de quase 60 dias, retornamos nossas reuniões ordinárias, desta feita na casa do Confrade Gourmet do mês, Márcio. O tema acabou sendo dividido entre dois países do Novo Mundo do vinho. Como a Copa do Mundo de Futebol já passou, evitamos o confronto Austrália x Uruguai, e preferimos Austrália + Uruguai, somando conhecimentos acerca de suas variedades simbólicas: Syrah (ou Shiraz como preferem os australianos) e Tannat, sem comparações entre elas. A escolha se deu mais pela curiosidade de ver vinhos de mesma latitude.

A Austrália caracteriza-se pela consistência de seus vinhos, onde um mínimo de qualidade é encontrado em cada garrafa. Necessita bastante irrigação nos vinhedos, mas consegue ótimas colheitas (Robinson, Jancis). Pena que pela distancia e por ter se tornado a maior exportadora de vinhos para o Reino Unido, superando a França, seus vinhos cheguem tão caros até o consumidor brasileiro.

Abrindo os trabalhos da noite, Marcio apresentou a para nós desconhecida vinícola WAKEFIELD, uma tradicional vinícola da Austrália, responsável por alguns dos melhores vinhos do país, que trabalha com uvas provenientes de vinhedos cuidadosamente cultivados, que são vinificados com as mais sofisticadas técnicas. Seus vinhos refletem o terroir único do Clare Valley e expressam de forma irresistível toda a complexidade dos vinhos do Novo Mundo. Seu PROMISED LAND 2007, corte de Syrah (60%) com Cabernet Sauvignon (40%) mostrou uma ótima cor vermelho rubi, aromas complexos lembrando pimenta e chocolate, e na boca mostrou-se bastante harmônico, apesar de seu teor alcoólico de 14,5%. Após a degustação dos quatro vinhos da noite, acabou abocanhando o primeiro lugar, e eleito ainda o de melhor custo beneficio. Um belo vinho. Para uma vinícola tão premiada nos mais diversos concursos mundiais, mais uma conquista. Este vinho especificamente já ganhou medalhas no mundo todo.

Seu conterrâneo MITOLO JESTER, Safra 2006, do McLaren Vale, uma das mais importantes regiões da Austrália, foi o segundo vinho da noite. Já levou 91 pontos de Robert Parker. Cor vermelha intensa, aroma um pouco mineral, um vinho complexo, estruturado com seus 14,5% de álcool, taninos aveludados, sabor muito bom, sedoso. Conquistou o segundo lugar da noite, por muito pouco (um voto apenas). Preço elevado: R$ 85,00.

Pegamos nossas taças e “voamos” da Austrália para o Uruguai.
País com pequena produção, marcada pela uva Tannat, o Uruguai renovou muitos vinhedos nos últimos 10 anos e cresceu em qualidade vinícola.

O primeiro uruguaio, e terceiro da noite, foi o DON PASCOAL, corte de Tannat e Merlot, Safra 2006, com 12,5% de álcool. Aromas leves, cor atijolada, mostrando a idade. Tanino presente, mas não agressivo. Deveria estar melhor há alguns anos, acabou eleito o pior da noite.

Para encerrar, ENIGMA, safra 2004, da renomada Casa Filgueira. Ótimos aromas, cor viva, apesar da idade. Tanino presente e bastante típico da variedade, se mostrou mais novo que o anterior, apesar de dois anos de diferença. Bom vinho, boa relação de preço para seus R$ 68,00.

Uma bela noite, com vinhos diferentes, mas bem aproveitados.
No jantar, boa harmonização com picanha assada com batatas em ervas e lasanhas de legumes e de molho branco. Parabéns à Lusiane e ao Márcio!
P.S.: As tradicionais fotos dos rótulos virão na próxima postagem!

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