quinta-feira, 28 de abril de 2011

POR FALAR EM VINHOS (38): TOP TEN DA EXPOVINIS


Liberada a lista dos vinhos premiados pelo Top Ten da Expovinis, que encerrou hoje em São Paulo. Trata-se da maior feira de vinhos do Brasil e dentre todos os participantes, a organização faz uma degustação às cegas para eleger os 10 melhores vinhos de cada categoria, de espumantes a fortificados, dentre aqueles que se inscrevem para este concurso. Ou seja, nem todos os vinhos participam, apenas aqueles que os produtores inscrevem.
Pois bem: a lista completa do premiados pode ser lida no blog:

http://blogdojeriel.com.br/2011/04/finalmente-houve-a-divulgacao-do-top-ten-da-expovinis-2011/

Nosso registro é pela excelente participação dos vinhos da Serra Catarinense. Foram ao todo 7 vinhos premiados:

Branco Sauvignon Blanc
3 Villa Francioni Sauvignon Blanc, 2009
4 Sanjo Núbio Sauvignon Blanc, 2010

Branco Chardonnay
2 Monte Agudo Terroir De Altitude Chardonnay, 2008

Branco Outras Castas
3 Sanjo Maestrale Integrus, 2008

Tinto Nacional
2 Santo Emílio Leopoldo Cabernet Sauvignon Merlot, 2007

Doce Fortificado
2 Quinta Santa Maria Portento, 2006
5 Pericó Ice Wine, 2009

Parabéns a todos aqueles que investem e acreditam na vitivinicultura desta região. Esta mais do que provado: daqui começam a surgir grandes vinhos nacionais!

P.S. Foram apenas 14 vinhos colocados entre todas as 10 categorias, até o 5º lugar! Ou seja: de 50 vinhos premiados, 14 eram nacionais e destes 7 eram da Serra Catarinenese!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

POR FALAR EM VINHOS (37): PIZZATO MELHOR DA EXPOVINIS!



O Vinho DNA 99 da Vinicola Pizzato ficou em primeiro lugar na Expovinis, que se realiza em São Paulo até amanhã. Poderiamos dizer se tratar de coincidência o fato deste vinho ter sido um dos melhores classificados na comparação realizada em Londres a fim de verificar posicionamento de mercado do merlot brasileiro (ver postagens anteriores). Naquela ocasião foi o terceiro colocado, sendo o segundo entre os brasileiros (o primeiro foi o Miolo Terroir 2005).

Como também poderíamos dizer que foi coincidencia este vinho ter sido um dos melhores classificados em reunião de nossa confraria do ultimo dia 25 (segunda-feira).

Mas em nenhum dos casos trata-se de coincidência: é sinal de qualidade! Sinal que o vinho brasileiro pode sim fazer bonito em testes as cegas!

Sinal que a Familia Pizzato esta fazendo um belo trabalho há vários anos e merece nossos cumprimentos!

E é sinal que já aprendemos algo nestes 2 anos de nossa confraria!

REUNIÃO 20 - FOTO



Para registro: todos os confrades presentes!

terça-feira, 26 de abril de 2011

REUNIÃO 20 - MERLOT MELHOR DO MUNDO?






25-abr-2011.
Confrade do Mês: Marciano Bittencourt.
Tema: Merlot Brasileiro Melhor do Mundo?
Acompanhamento: Fraldinha ao Creme de Aipim; Strudell de Maçã.

Em reuniões anteriores conversamos sobre concursos pelo mundo e as polemicas que geram. E o Confrade Marciano, a partir de uma divulgação na Serra Gaucha que o Merlot Brasileiro era o melhor do mundo a partir de uma tese do Master of Wines Dirceu Vianna Junior realizada em Londres, resolveu apresentar algumas destas preciosidades.

Sobre este Melhor do Mundo, ler a postagem anterior!

Mas sobre a reunião:

Marciano nos trouxe dois brasileiros que participaram da apresentação em Londres, mais dois chilenos e dois Merlot da Serra Catarinense que não participaram do evento de Londres. A degustação foi às cegas, e desta feita passamos para seis vinhos (uma exceção as regras da Confraria).

PRIMEIRO VINHO: MIOLO TERROIR SAFRA 2008. Vale dos Vinhedos. No concurso de Londres, este vinho, da safra 2005, ficou em primeiro lugar. Este, embora com três anos, ainda tinha mais tempo de garrafa. Cor Rubi violácea, de vinho jovem. Aromas complexos de frutas negras, chocolate e pimenta, na boca um pouco ácido, tânico e leve herbáceo. Não obteve o mesmo destaque que em Londres, talvez pela juventude, talvez pelo nosso rigor de avaliações. R$ 80,00.

SEGUNDO VINHO: entrando com um Chileno para complicar nossa vida: CASAS DEL BOSQUE SAFRA 2005, Vale de Casablanca. Aroma vermelho acastanhado, o mais “experiente” da turma, aromas complexos de pimenta vermelha e minerais. Em boca, também um pouco ácido e tânico. Bom vinho. R$ 75,00

TERCEIRO VINHO: voltando ao Brasil, uma nova Região: KRANZ MERLOT SAFRA 2005, Serra Catarinense. Cor Rubi intensa, aromas complexos de fumo, café e bastante herbáceo. Em boca, herbáceo e um pouco ácido. R$ 49,00.

QUARTO VINHO: outro chileno, desta feita uma pegadinha: CASAMAYOR SAFRA 2008, Vale de Colchagua. Cor vermelha acastanhada, aromas pouco intensos, em boca certa doçura. Típico vinho que se torna fácil de beber e é sucesso nos supermercados brasileiros. Apenas R$ 21,00, o de melhor custo-benefício da noite, embora longe da qualidade de outros, apenas pelo seu baixo preço.

QUINTO VINHO: Se em Londres ficou em 3º no Geral, sendo o 2º brasileiro, aqui disputou com o sexto vinho a primeira colocação, perdendo por pouco. Cor vermelha intensa, escuro. Aromas de frutas negras, pimentas. Em boca, equilíbrio e boa sensação. Um excelente vinho. R$ 105,00.

SEXTO VINHO: Para encerrar, outro brasileiro que sequer esteve em Londres, mas que aqui alcançou o primeiro lugar. Cor vermelha acastanhada pouco intensa, aromas de café, fumo e certo herbáceo. Equilibrado em boca. Às cegas, alguns o apontaram como Chileno. R$ 45,00. Ótimo custo beneficio!

Procurando alinhar o 1º e o 3º vinhos da mostra de Londres, ao lado de chilenos pouco conhecidos e tampouco famosos e mais uma nova região onde o merlot é um dos destaques, Marciano conseguiu mostrar que os merlots do Brasil não fazem feio perante seus pares, que a Serra Catarinense já emparelha com a Serra Gaucha em termos de qualidade, mas sem a pretensão de serem os melhores Merlot do mundo.

Uma degustação interessante e que “puxou” do conhecimento dos Confrades: mais por brincadeira teríamos que determinar (ou adivinhar) o país (ou a região no caso dos brasileiros) e a safra aproximada. Ao final alguns acertos incríveis! Coube ao Juliano a maior pontuação em acertos.

Para o jantar, acompanhado dos mesmos vinhos, uma bela Fraldinha ao creme de aipim, seguido pelo típico Strudel de Maçã, obra da esposa Samia.

POR FALAR EM VINHOS (36): MERLOT DO BRASIL MELHOR DO MUNDO?

No dia 5 de março de 2008 quarenta degustadores se reuniram na Embaixada Brasileira de Londres para uma prova às cegas de 27 vinhos da uva merlot. Dezessete garrafas eram brasileiras e outras dez representavam outras regiões do mundo. O critério de escolha foi o preço dos exemplares no mercado inglês no período, entre 15 e 45 libras esterlinas.

O grupo de provadores era da maior competência, quinze deles ostentavam o diploma de Master of Wine – um titulo só concedido após exaustivos e rigorosos testes de conhecimento. Apenas 280 profissionais em todo o mundo têm este privilégio, o paranaense Dirceu Vianna Junior é um eles – e o único brasileiro. O restante do grupo era composto de jornalistas especializados, sommeliers, enólogos e negociantes do mercado inglês de vinho. A prova era parte fundamental da tese de Dirceu Vianna. Seu objetivo era responder à seguinte questão: os vinhos nacionais do Vale dos Vinhedos poderiam competir num ambiente tão disputado como o mercado inglês?

O resultado foi muito favorável ao vinho brasileiro. Os tintos verde-amarelos ficaram à frente de rótulos conhecidos – e de valor similar em Londres – do Chile, da Itália e da França! “Foi uma surpresa”, contou Dirceu Vianna, que reside e trabalha em Londres, ao Blog do Vinho (http://colunistas.ig.com.br). “O meu objetivo era de que um ou talvez dois vinhos brasileiros se saíssem bem e demonstrassem o potencial da região.” A partir daí o que era para ser um estudo sobre a viabilidade do vinho nacional no mercado britânico tornou-se em peça de propaganda do merlot nacional. A associação que representa o Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, no estado do Rio Grande do Sul, divulgou os resultados com estardalhaço, com a seguinte pegada: “Ranking dos 10 melhores merlot do mundo tem oito vinhos brasileiros”.
Eis o ranking

1º Miolo Merlot Terroir 2005 – Brasil
2º Thelema Merlot 2005 – África do Sul
3º Pizzato Single Vineyard Merlot 2005- Brasil
4º Vallontano Merlot Reserva 2005 – Brasil
5º Concha Y Toro Casillero del Diablo Merlot 2006 – Chile
6º Larentis Reserva Especial Merlot 2004 – Brasil
7º Don Laurindo Merlot Reserva 2005 – Brasil
8º Cavalleri Pecato Merlot Reserva 2005 – Brasil
9º Michelle Carraro Merlot 2005 – Brasil
10º Milantino Merlot Reserva 2004 – Brasil
11º Capucho Merlot Ribatejo, Portugal
12º Planeta Merlot 2004, Itália
13º Montana Merlot Reserva 2005, Nova Zelândia
14º Berri States Merlot 2006, Austrália
15º Norton Barrel Select Merlot 2004, Argentina
16º Gallo Merlot 2004, Estados Unidos
17º Reserve Mouton Cadet St Émillion 2005, France.

Nota: só entraram na avaliação merlot da região delimitada do Vale dos Vinhedos. Rótulos como por exemplo da Vinícola Salton ou da região de Santa Catarina ou de Pernambuco ficaram de fora.

Palmas para a evolução do vinho nacional. Mas será que esta degustação pode nos colocar no patamar dos melhores do mundo?

Com a palavra Dirceu Vianna, o autor do projeto: “É legal comunicar os aspectos positivos desse estudo, pois a indústria realmente deveria orgulhar-se disso, mas por outro lado a outra metade dos produtores ficaram entre os últimos dez no ranking”. Well, o que é bom a gente mostra, o que não é a gente esconde, não é mesmo? “Comprar um vinho produzido nessa região, para quem não conhece, ainda é arriscado, pois não há consistência de um produtor a outro”, alerta Vianna.
O que o estudo conclui, e isso é muito bom, mas está longe de colocar o merlot nacional no pódio mundial, é que é “os vinhos brasileiros são capazes de competir em termos de qualidade com outros países no mercado britânico”. O estudo relativiza, porém, os resultados: “Levando-se em conta a proporção de vinhos do Brasil e do resto do mundo provados na degustação, os oito melhores colocados representam 47% do total de rótulos nacionais contra 20% de exemplares de outros países”. Vale lembrar ainda que na avaliação geral, nenhum rótulo foi considerado excepcional (outstanding) pelos degustadores. Ou seja, a qualidade geral não era de recordistas mundiais, mas de medalhistas regionais, até pelo corte de preço.

Fonte: http://colunistas.ig.com.br/

segunda-feira, 25 de abril de 2011

REUNIÃO 20 - MERLOT BRASILEIRO

Hoje à noite reunião ordinária do mês, onde degustaremos Merlots brasileiros, sugestão do confrade do Mês: Marciano Bittencourt.

Amanhã as informações e as fotos...

domingo, 17 de abril de 2011

POR FALAR EM VINHOS (35) Anselmo Mendes no Brasil.




Esteve no Brasil na primeira semana de abril o enólogo portugues Anselmo Mendes, o mestre dos Alvarinhos. Dentro de seu projeto de consultoria à Quinta da Neve Vinhos Finos Ltda., de São Joaquim, SC, e à Hermann Vinhos & Vinhas, de Pinheiro Machado, RS, Anselmo veio ver o andamento dos trabalhos.

Na Quinta da Neve, principal foco foi no ponto de colheita, que estava bastante próximo. Já na Hermann, com vinhos já fermentando, foco foi no andamento das fermentações e verificação de potencialidades destes vinhos. Aliás, com uma safra excepcional na região gaúcha, que fica entre a Serra do Sudeste e a Campanha, a expectativa é de grandes vinhos da Hermann nesta safra.

Enólogo Atila Zavarizze, responsável pela vinificação das duas empresas, esta muito satisfeito com vinhos obtidos, para alegria dos sócios da Quinta da Neve, Acari Amorim, Edson Hermann (que representa a familia Hermann) e Robson Abdalla. Por motivos profissionais, Sr. Adolar Hermann não pode estar presente.

Nas fotos, os sócios da Quinta da Neve com os consultores Junior e Anselmo, na primeira. E Edson com Junior, Atila e Anselmo em jantar em Pelotas, RS, a caminho de Pinheiro Machado.

sábado, 16 de abril de 2011

POR FALAR EM VINHOS ... (34) Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Estudo sugere que vinho caro é desperdício, pois consumidor não nota diferença!

Vinhos mais baratos podem ter o mesmo efeito em termos de paladar que garrafas mais caras, segundo um estudo britânico.
No total, 578 pessoas participaram de uma degustação às cegas durante o Festival de Ciência de Edimburgo, na Escócia, e só na metade dos casos conseguiram identificar quais eram os vinhos caros e quais eram os mais baratos.

Eles experimentaram diversas variedades de vinhos tintos e brancos com preços menores que 5 libras (R$13) e outras safras consideradas superiores vendidas a preços entre 10 e 30 libras (R$ 26 e R$ 78). Na degustação, também havia garrafas de champagne de 17 libras (R$ 44) e de 30 libras (R$ 78).

Os participantes tinham de dizer, então, quais eram os vinhos baratos e quais eram os caros. Mesmo sem saber a resposta, eles teriam 50% de chance de acertar. E foi exatamente isso o que aconteceu.

A conclusão, para os pesquisadores da Universidade de Hertfordshire, é que muita gente não consegue distinguir os vinhos pelo paladar e pode estar pagando mais caro apenas pelo rótulo.

"Estes resultados são impressionantes. As pessoas não conseguiram notar a diferença entre vinhos caros e baratos, então nesse momento de dificuldades financeiras a mensagem é clara: os vinhos baratos que testamos tinham um gosto tão bom quanto as garrafas caras", disse o psicólogo Richard Wiseman, que conduziu o estudo.

De fato, aqui no Brasil se nota que muitas pessoas se inibem de comprar um vinho mais barato porque imaginam que sendo caro é melhor. Nem sempre isso acontece, importante é que o consumidor descubra qual vinho agarada ao seu paladar e toma sem preocupação, apenas pelo prazer.

Há realmente bons vinhos que são caros (muitos até), mas o esnobismo de muitos ainda inibe o consumo de outros!

domingo, 3 de abril de 2011

POR FALAR EM VINHOS ... (33)

... interessante debate proposto pela Revista Gula de abril de 2011 (Editora Preta). Trata-se da opção de rosca metálica (screw cap em inglês) no lugar de rolhas de cortiça.

Apesar da reação contrária de muitos consumidores, tem crescido a oferta de vinhos com este tipo de tampa, principalmente do novo mundo(Nova Zelândia, Austrália, Chile, Argentina e Estados Unidos).

A eficiencia deste novo material é indiscutivel, porém,para vinhos que necessitem de pouca guarda e que serão consumidos jovens. Para os vinhos de guarda, há necessidade de se usar a boa e velha cortiça, em que pese seu preço absurdo (uma rolha de boa qualidade chega a custar R$ 2,50!).

Grande parte das criticas ao uso de screw cap vem de Portugal e Espanha, não por acaso, os maiores produtores de cortiça.

Para um vinho mais barato, de consumo rápido, melhor um screw cap do que uma rolha ruim, de aglomerado, que em muitos casos nos fazem perder o vinho.