quarta-feira, 31 de março de 2010

POR FALAR EM VINHOS... (3)




... os vinhos do Brasil começaram bem o ano de 2010. Nove medalhas foram conquistadas no Vinalies, realizado de 26 de fevereiro a 2 de março em Paris, na França. Considerado o maior concurso do mundo, o evento é um dos mais prestigiados, onde os prêmios são ainda mais cobiçados pelas vinícolas.

Nesta edição foram 3.199 amostras de 39 países que foram avaliadas por um painel de 126 degustadores. O Brasil esteve representado pelos enólogos Antonio Czarnobay e Philippe Mével . Segundo Czarnobay, a organização do evento foi exemplar permitindo um amplo aprendizado. Mais aberto do que em edições anteriores, tivemos a oportunidade de discutir pontuações duvidosas e isso foi muito bom. Só foi conferida medalha por consenso dos cinco membros da mesa, esclarece.

Promovido pela Associação de Enólogos da França, o Vinalies é totalmente informatizado, o que garante maior agilidade no processo de pontuação. Assim que os degustadores lançavam suas notas o presidente da mesa já sabia se a amostra havia conquistado alguma medalha.

A exemplo de edições anteriores, o Vinalies estará editando nos próximos meses o livro dos 1.000 vinhos do mundo com a relação dos premiados no concurso. A publicação vem acompanhada de informações de cada país e dos produtos, servindo de orientação às vinícolas principalmente por reunir os descritores sensoriais.

PREMIAÇÕES

Medalha de Prata
• Aurora Espumante Brut Pinot Noir – Cooperativa Vinícola Aurora
• Casa Valduga Cabernet Sauvignon Gran Reserva 2006 - Casa Valduga Vinhos Finos
• Dal Pizzol Ancellotta 2005 – Vinícola Monte Lemos
• Dal Pizzol Espumante Charmat Brut – Vinícola Monte Lemos
• Miolo Cuvvé Tradition Demi-sec 2008 – Miolo Wine Group
• Peterlongo Presence Espumante Moscatel Rosé 2009 – Estabelecimento Vinícola Armando Peterlongo
• Salton Desejo Merlot 2006 – Vinícola Salton
• Salton Virtude Chardonnay 2008 – Vinícola Salton
• Sanjo Nubio Sauvignon Blanc 2008 - Cooperativa Agrícola de São Joaquim
Fonte: Assessoria de Imprensa da ABE.

Parabéns aos premiados! Na nossa REUNIÃO 3, o Salton Desejo 2006 foi escolhido o melhor vinho da noite. Confiram esta postagem!

terça-feira, 23 de março de 2010

REUNIÃO 5 - PASSEIO PELA FRANÇA









16-out-2009.
Confrade Gourmet: Enoteca Decanter- São Paulo.
Tema: França.
Ausentes: Marcio.
Acompanhamento: queijos franceses e risoto ao champignon.

Com o sucesso e a excelência dos vinhos italianos da reunião 4, realizada pelo Confrade Gourmet Juliano, e tendo em vista a presença de 7 dos Confrades em São Paulo por ocasião do GP Brasil de Fórmula 1, resolvemos aproveitar a noite paulistana numa enoteca. A escolhida foi a Enoteca Decanter e o tema definido foi a França.
Agendamos com antecedência, escolhemos os vinhos e para nossa alegria o Sommelier João Renato sugeriu a troca de apenas um. Desta vez nos definimos por 6 vinhos em vez dos 4 tradicionais, mesmo porque contávamos com a “visita” de mais 3 companheiros: Renato Sander, Nestor Chiodelli e Cristiano Araujo.
Para nossa sorte, o sommelier João Renato havia retornado há cerca de 15 dias da França e havia visitado 3 dos 5 produtores escolhidos. Foi uma verdadeira palestra! Ótima apresentação dos vinhos e das regiões de procedência, ótimo ambiente, ótimos petiscos. E para completar a noite, excelentes vinhos!
Começamos pela Borgonha, região do Beaune, com o DOMAINE PIERRE LABET. A família é detentora da maior parcela do Grand Cru Clos de Vougeot e proprietária de uma das duas construções históricas existentes no vinhedo, uma o Chateau de La Tour (não confundir com o homônimo de Bordeaux), ao lado do mosteiro cisterciense, sede da organização dos Chevaliers Du Tastavin. Seus vinhos de Pinot Noir e Chardonnay são vinificados pelo próprio Pierre Labet.
Iniciamos com CRÉMANT DE BOURGOGNE BRUT FRANÇOIS LABET, safrado 2006. Feito 100% com Pinot Noir, envelhecido 12 meses, levemente tostado e de ótima relação custo beneficio. Acompanhado dos petiscos servidos pela casa, mostrou-se muito elegante e prazeroso, ótimo para começar uma noite que prometia.
Continuando nos domínios de PIERRE LABET, passamos para BOURGOGNE PINOT NOIR VIEILLES VIGNES 2007. Um vinho com a cara da Borgonha, 100% Pinot Noir, passou por barricas francesas por 12 meses. Acompanhado dos queijos Brie e Emmenthal, apresentou aroma destacado, menos frutado que os vinhos desta variedade produzidos no novo mundo. Excelente!
Saindo de Pierre Labet e do Beaune, “viajamos” até JACQUES CACHEUX em CÔTE DE NUIT e seu VOSNE-ROMANÉE SAFRA 2006. Este produtor começou a fazer vinhos na década de 50. Aposentou-se em 1994 e passou a condução ao filho Pascal. Um pequeno produtor que interfere o mínimo possível na vinificação, utilizando-se de leveduras selvagens em longas macerações e tendo seus vinhos etiquetados a mão. Este VOSNE-ROMANÉE é rico, macio e extremamente elegante, tem entre seus admiradores nada menos que o renomado (e polêmico) Robert Parker e ainda a jornalista Jancis Robinson. 100% Pinot Noir, passou 18 meses em barrica de carvalho. Aromas complexos, sabor maravilhoso e excelente cor. Como disse certa vez Sra. Robinson: “Não há vinhos comuns em Vosne!”. Um mito! O primeiro de nossa confraria!
Ainda com o vinho anterior na cabeça, saímos da Borgonha e passeamos por Bordeaux.
Iniciamos esta região com CHATEAU BEL AIR PERPONCHER SAFRA 2006, do simpático Sr. Jean Paul Despagne, que tive o prazer de conhecer na Wine Show Decanter em Curitiba no ano de 2008. Excelente produtor de brancos, começa a se destacar também com tintos, para os quais conta com a consultoria de Michel Rolland.
Este vinho é feito com 78% Merlot, 12% Cabernet Sauvignon e 10% Cabernet Franc, com uvas originárias de vinhedos plantados por volta de 1990. Apenas 20% do mosto passou por barricas de carvalho. Encorpado, ótima cor, no ponto para consumo. Muito bom vinho.
Continuamos com um CHATEAU LA TOUR DE BY SAFRA 2005. Um Cru Bourgeois Superior que está nas mãos da família Pagés desde 1965. Estilo clássico, encorpado, harmonioso, com bastante frutas no aroma e ótima relação custo beneficio. 60% do mosto passou por carvalho. É feito com 65% Cabernet Sauvignon, 30% Merlot e 5% Petit Verdot. Este vinho ficou em 3º lugar entre 50 chateaux em degustação realizada pela Revista Decanter, onde não participaram os 5 Grand Crus Classes. Segundo João Renato, esta pode ser a melhor safra da história deste ícone. Vinho para se tomar a noite toda, apesar do seu corpo.
Para encerrar a noite, um CHATEAU MONTUS 2004 DE ALAIN BRUMONT, um dos maiores proprietários em Madiran e para muitos o melhor produtor desta sub-região de Bordeaux. Vinho com 80% de Tannat e 20% Cabernet Sauvignon. A Tannat é uma variedade difícil de se trabalhar, que neste vinho apresentou um tanino comportado, macio, diferente de muitos outros Tannat que já havíamos tomado. Na mesma noite, o terceiro ícone degustado por nossa confraria. Para encerrar com saca rolhas de ouro.
Um noite para a história! Para ser lembrada por muito tempo e referencial para nossas futuras degustações! Marcio perdeu esta. Quem sabe na próxima ida a São Paulo repetimos as taças? Qual tema a definir para esta ocasião? Aguardamos sugestões!

quinta-feira, 18 de março de 2010

REUNIÃO 4 - REGIÕES DA ITÁLIA








01-out-2009.
Confrade Gourmet: Juliano.
Tema: Itália.
Ausentes: nenhum.
Acompanhamento: Massa a Martorano.

Para tema desta nossa quarta reunião, nosso primeiro passeio pelo velho mundo: para homenagear o local da reunião, a centenária Fazenda Sumidouro, pertencente à Família Martorano, nada melhor que bons vinhos da terra de origem da Família anfitriã, representada pelo Juliano Martorano Vieira.
Para nossa alegria, pela primeira vez conseguimos reunir os 8 confrades.
Difícil a missão do Confrade Gourmet de escolher apenas 4 vinhos para representar o país que desponta como o maior produtor mundial e que produz mais de 8 milhões de litros de vinho.
Contando com a ajuda do sommelier da loja escolhida para aquisição dos vinhos, localizada em Florianópolis, Juliano apresentou os seguintes vinhos:
1 – CHIANTI CASTELLANI 2006. Tradicional vinho da Itália, o Chianti tem por base a variedade Sangiovese, mais tradicional do país e principalmente da Toscana. Vinho não muito encorpado, pronto para beber, surpreendeu a todos quando teve seu preço revelado no final da degustação. Foi eleito o de melhor custo beneficio, mais pelo seu baixo preço. Mas bom vinho.
2 – RE NOTO FEUDO MACARI NERO D´AVOLA 2006. Produzido pela Azienda Monica Moretti, até então desconhecida para nós, esta vinícola se situa na Sicília, nova sensação dos vinhos italianos. Um excelente vinho, baseado na variedade Nero D´Avola, típica da ilha, cortada com Syrah. Vinho encorpado e estruturado, com ótima cor e bons aromas, foi uma grande surpresa, se mostrou um vinho fácil de beber.
3 – VITIANO FALESCO 2006. A sequencia de vinhos da mesma safra nos permitiu ter uma boa noção de quais vinhos estavam “no ponto” e quais estavam já entrando em senescência ou ainda jovens. Foi o caso deste vinho produzido na Úmbria, com um corte interessante de Sangiovese, Merlot e Cabernet Sauvignon, bem no estilo dos Supertoscanos. O corte com 1/3 de cada variedade mostrou-se acertado pela excelência de aromas e sabores, cor rubi intensa e que poderia ser guardado ainda por algum tempo. Se não chegou a se aproximar muito de um Supertoscano, mostrou-se excelente, apesar de sua jovialidade.
4 – RENIERI ROSSO DI MONTALCINO SAFRA 2004. Produtor Castelo di Bossi. Vinho encorpado, com toda a potência da Sangiovese. Bastante tânico, aromático e com sabor ressaltado. Deixou-nos a expectativa de que logo evoluiremos para um Brunello, junto com a vinhas que produzem este vinho. O grande vinho da noite, alcançou as melhores notas para os 8 confrades. Primeira unanimidade em nossas reuniões.
Após a degustação, apreciamos a Massa a Martorano com seus dois molhos (quatro queijos e funghi) acompanhada dos vinhos Italianos. Uma noite extremamente proveitosa na sede de uma das famosas fazendas de São Joaquim, SC.

quinta-feira, 11 de março de 2010

POR FALAR EM VINHOS... (2)


... muito interessante a análise de preços de vinhos que faz a Revista Adega número 51 (Editora Inner). O exemplo foi a formação do preço do Chateau Lafite Rothshild e sua história.
O assunto preço, a relação custo benefício e o quanto cada consumidor está disposto a pagar por um vinho são assuntos constantes não só na nossa confraria mas em qualquer reunião que se tenha pelo menos dois apreciadores.
Para iniciantes, pode parecer absurdo pagar mais que R$ 100,00 por uma garrafa. Para conhecedores, absurdo seria pagar mais que R$ 300,00. E para os especialistas, absurdo seria pagar mais de R$ 1.000,00 por garrafa. Bem, para quem pode, o maior dos absurdos é pagar menos de R$ 20,00 por uma garrafa...
Concordamos com todos. Cada um paga aquilo que acha que o vinho merece. E ninguém tem nada com isso, a não ser o vinicultor...
Estando num novo pólo vitivinícola, que engatinha no mercado nacional, temos acompanhado as dificuldades dos produtores da região para se inserir neste mercado. Temos visto críticas tanto na imprensa especializada quanto na internet de que os preços daqui são muito altos.
O fato é que o custo de produção numa região montanhosa, aonde as terras cultiváveis dificilmente chegam à metade do todo do terreno, produzindo se respeitando as áreas de preservação permanente e a reserva legal exigida pelas leis nacionais, com pedregosidade aflorando, encostas íngremes que impedem o plantio, sem falar nos riscos de geadas tardias que queimam as videiras no inicio do seu ciclo ou as temíveis chuvas de granizo, fica difícil se produzir uva a preço baixo. E este custo de produção elevado acaba se refletindo nos vinhos aqui produzidos.
Além disso, é alto o custo de tornar conhecida uma região que acaba de completar 10 anos do seu primeiro plantio, que foi realizado pela Quinta da Neve Vinhos Finos no ano 2000. Para piorar o fato de ser uma região com acesso dificultado se partindo dos grandes centros consumidores. Ou seja, em vez de os consumidores virem até aqui conhecer os vinhos, os vinhos tem que ir até os consumidores. Agrava ainda a região ter um dos mais baixos IDH do estado de Santa Catarina, o que faz com que a produção de uvas esteja em sua maioria na mão de empresários de outros centros que apostaram nesta região e tem outras fontes de renda para aguardar o retorno do capital aqui investido. Isto não tem peso critico, muito pelo contrário, é graças a eles que este pólo está se formando. Mas o que se deseja destacar é que numa região de baixa capacidade de investimento são poucos os “nativos” envolvidos com a produção, pelo seu alto custo. Um exemplo é a Família Suzin.
Então, quando o consumidor se depara com um vinho na prateleira ou numa adega adequada, deve pensar que por trás daquele vinho estão várias pessoas que laboraram para se chegar a este produto final, com riscos, suor, sangue e lágrimas!
Somente aquele que também labuta e recebe seu provento sabe avaliar quanto seu conhecimento de vinho e seu bolso permitem desembolsar por uma garrafa, custe ela R$ 20,00 ou mais de R$ 1.000,00.
Em qualquer das hipóteses, delicie-se com esta garrafa, ainda mais se estiver (bem) acompanhado. Pois se você comprou uma garrafa, já se tornou no mínimo um apreciador!
Delicie-se ainda mais se for um Chateau Lafite Rothshild ...

terça-feira, 9 de março de 2010

REUNIÃO 3 - MERLOT DO BRASIL








03-set-2009.
Confrade Gourmet: Junior.
Tema: Merlot brasileiro.
Ausentes: Marciano.
Acompanhamento: Picanha com Bacon.

Terceira reunião, hora de se aprimorar o conhecimento...
Há alguns anos o Brasil era apenas um produtor de vinhos medíocres. No início da década de 90 o mercado nacional começou a receber uma grande leva de vinhos de uvas viníferas, com proposta de bons vinhos.
Muito se evoluiu e se aprendeu de lá para cá, novas regiões surgiram, embora muitos vinhos medíocres ainda persistam....
Na Serra Gaúcha se chegou a conclusão que fazer bons vinhos tintos não era muito fácil pelo clima quase sempre adverso, mas que a vocação de qualidade poderia estar nos espumantes, vinhos estes que serão tema de futura reunião de nossa Confraria.
Dentre os vinhos tintos, a variedade que se fez presente nos melhores vinhos da Região foi a Merlot, que foi o tema escolhido para esta terceira reunião. Mas para diversificar, deveriam ser escolhidos vinhos de diferentes regiões brasileiras, e apenas brasileiras, tarefa esta que, como sempre, coube ao Confrade Gourmet do mês.
A Merlot é originária da França e participa nos grandes vinhos de Bordeaux, principalmente Saint-Emillion e Pomerol. É a base do cobiçado Pétrus. Normalmente produz vinhos muito frutados e encorpados, com aromas complexos. Muitos entendidos a indicam como possível uva símbolo nacional, a exemplo do que ocorre com a Malbec na Argentina, a Carmenére no Chile e a Tannat no Uruguai. Particularmente, não achamos esta idéia muito viável. Será que os grandes vinhos brasileiros não serão cortes, como tantas outras regiões do velho mundo?
Voltando a degustação: esta foi feita às cegas, com objetivo de avaliação qualitativa e da relação custo beneficio.
O primeiro vinho escolhido pelo Confrade Gourmet da reunião foi o Boscato Reserva safra 2005, de Nova Pádua, RS. Cor rubi, pouca complexidade, leve e pouco tânico. Ao final da reunião, após revelados os vinhos e seus valores, foi eleito o de melhor relação custo beneficio.
O segundo vinho foi um Miolo Terroir, safra 2008, de Bento Gonçalves, RS, que contou com a orientação de Michel Rolland na sua produção. Vinho muito encorpado, tânico, cor rubi, aromas frutados, pecou por ainda ser muito jovem. Merecia mais tempo na adega. Excelente vinho!
Em seguida, foi servido um vinho da nova região de São Joaquim, SC, um Suzin 2006. Vinho produzido na Villa Francioni, com destacado carvalho, um pouco herbáceo.
E para encerrar a degustação, um Salton Desejo safra 2004. Vinho encorpado, de ótima cor, aromas destacados, que na avaliação dos presentes foi eleito o melhor vinho da noite!
Para encerrar, uma picanha com bacon, acompanhada dos quatro vinhos. Uma grande noite com uma grande e tradicional variedade, apresentada com bons vinhos nacionais!

quinta-feira, 4 de março de 2010

POR FALAR EM VINHOS ... (1)


... a safra chilena de 2010 estava em plena colheita e foi bastante prejudicada, tendo vinhedos e vinícolas atingidos.
Segundo a imprensa chilena, vários tanques de inox romperam, prejudicando não só vinhos em fermentação desta safra como vinhos de safras passadas que envelheciam ou aguardavam engarrafamento. Vinhos já engarrafados também foram atingidos.
As regiões mais afetadas são Maule e Bió-Bió. Já outras regiões, como Maipo e Aconcagua, por exemplo, foram menos atingidas.
Ainda são poucas as informações porque a maior parte da imprensa esta direcionada à cobertura da tragédia nas cidades, obviamente porque os prejuízos são bem maiores e principalmente pelas vidas humanas perdidas.
Mas não deixa de ser lastimável que bons vinhos chilenos tenham também sua parte de perda nesta tragédia.
Algumas vinícolas que foram atingidas são Casa Silva, Viu Manent, Miguel Torres, Lapostolle e Montes.
Quanto aos vinhedos, vários sistemas de condução caíram, com parreiras carregadas às vesperas da colheita, mas não se esperam grandes perdas nessa área.
Como a colheita de uvas brancas se iniciou há 10 dias e as tintas serão colhidas em 20 dias, os vinicultores têm um curto prazo para tomar decisões. Usualmente as vinícolas não fazem seguros contra terremotos, o que pode fazer os prejuízos refletir fortemente na disponibilidade de vinhos da safra 2010.
Com isso pode haver diminuição da oferta de vinhos chilenos e até mesmo aumento de preços.
Portanto, se vocês tem um Terranoble, por exemplo, que fica em Maule, guarde-o com carinho, ou deguste-o com parcimônia...

A seguir, a nota oficial:

DECLARACION PÚBLICA: EFECTOS DEL TERREMOTO
EN LA INDUSTRIA VITIVINÍCOLA
Santiago, 3 de Marzo de 2010.- Junto con destacar la generalizada solidez de la infraestructura de la industria vitivinícola y la fuerza moral de su gente, Vinos de Chile, la asociación que agrupa al rubro, ya ha podido constatar los efectos producidos por el terremoto en nuestro país y su impacto en la Industria.
Manifestamos nuestro profundo pesar por el sufrimiento de muchos trabajadores y sus familias que han sido afectados humana y materialmente, y nos alegra poder decir que no tenemos información de perdidas de vidas entre nuestros trabajadores. La industria vitivinícola ha sido afectada, pero después de varios días durante los cuales se ha trabajado por dimensionar su impacto, podemos asegurar que éste ha sido limitado.
Hemos podido cuantificar la pérdida de vino en 125 millones de litros, considerando vino a granel, embotellado y de guarda. Tal cantidad equivale a unos US$ 250 millones, pero comparada con la abundante cosecha del año 2009, que alcanzó a 1.010 millones de litros, la pérdida equivale solo a un 12,5% de ella. Por ello, tenemos la certeza de que en el breve plazo, los despachos y el cumplimiento de las obligaciones comerciales retornarán a la normalidad sin mayores problemas.
El daño en términos de infraestructura es desigual entre las distintas viñas y aún no ha sido cuantificado totalmente. Los viñedos de uva vinífera no han sido afectados y estamos a la espera del restablecimiento de la energía eléctrica para poder cuantificar el daño en los sistemas de riego.
En tanto, las faenas productivas ya se han reanudado, o están en proceso de hacerlo; las líneas de embotellado están en general sanas y en operación, al igual que las bodegas que ya están siendo reparadas. La vendimia se ha iniciado y los volúmenes no se verán afectados por el terremoto o sus efectos. De hecho, los primeros despachos de containers ya se efectuaron, aunque su velocidad de transporte dependerá del adecuado funcionamiento de la infraestructura general del país, como carreteras y puertos. Las viñas están enfocando sus esfuerzos además, en apoyar y satisfacer las necesidades morales y materiales de sus trabajadores.
La industria vitivinícola sostendrá los contactos necesarios con las autoridades para velar porque se restablezca cuanto antes el pleno funcionamiento de la infraestructura vial y portuaria, así como de los servicios básicos, y también para que se refuerce el apoyo a la imagen internacional del vino chileno mediante un incremento en la participación de campañas internacionales, que compensen cualquier impacto negativo que este evento y sus consecuencias pudiesen haber tenido ante la comunidad extranjera.
Queremos agradecer las múltiples y sinceras muestras de preocupación y apoyo que todas las viñas y la Industria en general hemos estado recibiendo desde el momento del sismo por parte de la comunidad internacional. Esperamos seguir contando con su solidaridad y con la particular comprensión de nuestros importadores y distribuidores por los esperables retrasos, muchas veces ajenos a la propia Industria, que las circunstancias del terremoto puedan traer aparejados.
Nuestro principal mensaje es que estamos todos trabajando arduamente para reestablecer la normalidad en la Industria y seguir llevando lo mejor de Chile al resto del mundo a través de nuestros vinos.
René Merino Blanco
Presidente
Vinos de Chile A.G
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quarta-feira, 3 de março de 2010

FOTO REUNIÃO 1


Estes são os Confrades: Pablo, Junior, Alexandre Vieira, Marciano, Marcio, o empolgado Juliano e Alexandre de Martin. Faltou nesta primeira reunião o Stélio.

REUNIÃO 2 - SABOR DAS VARIEDADES





20-jul-2009.
Confrade Gourmet: Marciano.
Tema: sabores e aromas das principais castas (Vinhos Nacionais).
Ausentes: Juliano.
Acompanhamento: queijos e frios.

Para nossa segunda reunião, escolhemos como tema a descoberta dos variados sabores e aromas das variedades mais comerciais. Sugerimos ao Confrade Gourmet do mês que escolhesse vinhos de apenas uma região, que fossem minimamente trabalhados, nos permitindo assim descobrir as principais características daquelas variedades mais conhecidas. A degustação foi às cegas, por sugestão de vários confrades, mais como brincadeira, para testar os sentidos. A destacar o alto índice de acertos das variedades, principalmente Pinot Noir e Cabernet Sauvignon, muito pela diferença entre sabores e aromas entre todas elas, mas principalmente pelo acerto do Marciano que escolheu vinhos bastante típicos, com pouca “maquiagem”.
Os vinhos foram escolhidos na Serra Gaúcha e embora bastante simples, sem grandes destaques, cumpriram seu objetivo e não decepcionaram, alguns até surpreendendo quem não os conhecia (a maioria, diga-se).
Começamos com um Pinot Noir da Anghebem, safra 2008. Vinho de Encruzilhada do Sul, RS, de primeira safra, agradável, frutado, que mostrou a tipicidade da variedade graças a pouca presença de carvalho. Para alguns, foi o melhor da noite, embora esta escolha não fosse objetivo desta reunião.
Em seguida, passamos a um Cabernet Franc da Valmarino, do distrito de Pinto Bandeira, ainda Bento Gonçalves, mas que briga pela emancipação. Apesar da safra (2005), não mostrava a idade. Cor rubi, escuro, um pouco de carvalho, boa estrutura. Mostrou um pouco das características de Cabernet Sauvignon, mas muito bom vinho. Talvez tenha sido colhido ainda um pouco verde.
O terceiro vinho da noite foi um Merlot da Terragnolo, de Bento Gonçalves, RS, também da safra 2005. Segundo nos explicou o Confrade Gourmet do mês, não foi muito fácil localizar vinhos com a tipicidade sugerida para a reunião. Isso só foi possível com a compra de vinhos de safras de 2005, quando muitas vinícolas pequenas estavam iniciando uma fase comercial mais agressiva e ainda tinham vinhos mais típicos, sem a referida “maquiagem” de insumos ditos modernos. Apesar da idade, o vinho estava bom, e também mostrou sua característica. Pouca madeira.
Para encerrar a sessão de degustações, um Cabernet Sauvignon da Ribeiro de Matos, de Bento Gonçalves, RS, que, se não decepcionou, também não se destacou muito. Bastante simples, mas agradável.
Uma noite sem grandes vinhos de destaque ou fama, mas que foi muito bem aproveitada pela tipicidade de cada um deles, nos proporcionando assim um maior conhecimento sobre cada variedade e a diversidade de vinhos que ainda estão por ser descobertos neste nosso incipiente Brasil consumidor de vinhos.
Este é nosso objetivo, experimentar sempre, aos poucos, um pouco de tudo, de vinhos conhecidos e consagrados até vinhos pouco conhecidos, mas que tem suas qualidades.
Logo o relato da 3ª Reunião.