terça-feira, 9 de março de 2010

REUNIÃO 3 - MERLOT DO BRASIL








03-set-2009.
Confrade Gourmet: Junior.
Tema: Merlot brasileiro.
Ausentes: Marciano.
Acompanhamento: Picanha com Bacon.

Terceira reunião, hora de se aprimorar o conhecimento...
Há alguns anos o Brasil era apenas um produtor de vinhos medíocres. No início da década de 90 o mercado nacional começou a receber uma grande leva de vinhos de uvas viníferas, com proposta de bons vinhos.
Muito se evoluiu e se aprendeu de lá para cá, novas regiões surgiram, embora muitos vinhos medíocres ainda persistam....
Na Serra Gaúcha se chegou a conclusão que fazer bons vinhos tintos não era muito fácil pelo clima quase sempre adverso, mas que a vocação de qualidade poderia estar nos espumantes, vinhos estes que serão tema de futura reunião de nossa Confraria.
Dentre os vinhos tintos, a variedade que se fez presente nos melhores vinhos da Região foi a Merlot, que foi o tema escolhido para esta terceira reunião. Mas para diversificar, deveriam ser escolhidos vinhos de diferentes regiões brasileiras, e apenas brasileiras, tarefa esta que, como sempre, coube ao Confrade Gourmet do mês.
A Merlot é originária da França e participa nos grandes vinhos de Bordeaux, principalmente Saint-Emillion e Pomerol. É a base do cobiçado Pétrus. Normalmente produz vinhos muito frutados e encorpados, com aromas complexos. Muitos entendidos a indicam como possível uva símbolo nacional, a exemplo do que ocorre com a Malbec na Argentina, a Carmenére no Chile e a Tannat no Uruguai. Particularmente, não achamos esta idéia muito viável. Será que os grandes vinhos brasileiros não serão cortes, como tantas outras regiões do velho mundo?
Voltando a degustação: esta foi feita às cegas, com objetivo de avaliação qualitativa e da relação custo beneficio.
O primeiro vinho escolhido pelo Confrade Gourmet da reunião foi o Boscato Reserva safra 2005, de Nova Pádua, RS. Cor rubi, pouca complexidade, leve e pouco tânico. Ao final da reunião, após revelados os vinhos e seus valores, foi eleito o de melhor relação custo beneficio.
O segundo vinho foi um Miolo Terroir, safra 2008, de Bento Gonçalves, RS, que contou com a orientação de Michel Rolland na sua produção. Vinho muito encorpado, tânico, cor rubi, aromas frutados, pecou por ainda ser muito jovem. Merecia mais tempo na adega. Excelente vinho!
Em seguida, foi servido um vinho da nova região de São Joaquim, SC, um Suzin 2006. Vinho produzido na Villa Francioni, com destacado carvalho, um pouco herbáceo.
E para encerrar a degustação, um Salton Desejo safra 2004. Vinho encorpado, de ótima cor, aromas destacados, que na avaliação dos presentes foi eleito o melhor vinho da noite!
Para encerrar, uma picanha com bacon, acompanhada dos quatro vinhos. Uma grande noite com uma grande e tradicional variedade, apresentada com bons vinhos nacionais!

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