sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

POR FALAR EM VINHOS ... (18)


... muito interessante artigo de Arnaldo Grizzo na Revista Adega deste mês de dezembro. Trata mais uma vez do tema “vinho e saúde” e traz dados de nova pesquisa realizada pelas Universidades do Texas e de Stanford.
Conclui a pesquisa, após monitorar 1824 pessoas por 20 anos, que o consumo moderado de bebida alcoólica é benéfico para a saúde. E dentre todas as bebidas testadas, o vinho apresentou o melhor resultado.
O médico Jairo Monson Filho, grande defensor do consumo responsável e limitado de vinho, comenta que esta é mais uma pesquisa médica a comprovar os benefícios do vinho para a saúde.

Os benefícios do consumo moderado de vinho são:

- Diminuir a incidência de doenças coronarianas: combate o mau colesterol (LDL), reduz risco de infartos e AVCs;

- Ação Antioxidante: retarda o envelhecimento, principalmente da pele. Consumo exagerado, pelo contrário, envelhece a pele.

- Proteger contra a demência: diminui a incidência de Mal de Alzheimer;

- Ação antiviral e bactericida: aumenta a resistência contra infecções;

- Diminuir incidência de problemas gastrointestinais: protege contra úlceras, cálculos biliares, auxilia na digestão;

- Diminuir a incidência de cálculos renais: tem ação diurética;

- Aumento da sensibilidade à insulina: pode ajudar no controle de diabetes tipo 2;

- Reduzir o risco de Osteoporose: Melhora a densidade óssea;

- Auxiliar no Emagrecimento: destrói células de gordura;

- Redução na incidência de câncer: efeitos preventivos e inibidores de diversos tipos de câncer, tais como de próstata, pulmão, ovário, aparelho digestivo, entre outros.

Mas lembrem-se, consumo excessivo é prejudicial. A dose ideal é entre 2 e 4 taças por dia, dependendo da massa corporal de cada individuo.

Fonte: Revista Adega, nº 61, pags. 66-68. Inner Editora.

P.S. NÃO PERCAM HOJE: GLOBO REPÓRTER COM TEMA VINHO E SAÚDE!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

REUNIÃO 17 - FOTOS




Fotos da Reunião 17:

1 - Confrades.
2 - Confrade do Mês e Sra. (Maisa e Pablo Coral).
3 - Bacalhoada.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

REUNIÃO 17: Portugal





14-dez-2010.
Confrade Gourmet: Pablo Ramon Coral.
Tema: Portugal.
Ausentes: Stélio Bonelli Porto.
Acompanhamento: Bacalhoada.

Depois de quase dois meses sem uma reunião oficial, já que a ultima havia sido realizada em São Paulo, e com várias ausências, os Confrades estavam ávidos por uma boa conversa e um bom vinho (principalmente este).
O Confrade do Mês recebeu a incumbência de nos mostrar com apenas 4 vinhos a diversidade enológica da Terrinha. E escolheu como prato para o acompanhamento uma legítima Bacalhoada Portuguesa, que contou com a Consultoria do amigo João Nunes, nascido em Pombal, mas a mais de 20 anos Joaquinense de coração.

PRIMEIRO VINHO: QUINTA DE SANTA EUFÊMIA, SAFRA 2006, DA REGIÃO DO DOURO. O Douro é uma das mais espetaculares regiões vitícolas do planeta, com seus vinhedos em patamares, com o Rio Douro no fundo vale. E há muito deixou de ser famoso apenas pelos seus vinhos licorosos, já que muitos produtores têm conseguido excelentes vinhos tranqüilos nesta região. É o caso desta Casa, fundada em 1864.
A Quinta de Santa Eufêmia localiza-se no Conselho de Lamêgo, freguesia de Parada do Bispo, a meia distância entre a Régua e o Pinhão, com vista para o Douro. Tem cerca de 45 hectares. É uma Quinta tipicamente duriense fundada em 1864 por Bernardo Rodrigues de Carvalho, sendo atualmente administrada pelos seus bisnetos. Esta Quinta tem grande tradição em Vinho do Porto, possui dois marcos pombalinos referentes à primeira demarcação da Região, realizada em 1756 por Marquês de Pombal (lembrando que o Douro foi o berço da primeira Denominação de Origem Controlada do mundo, criada justamente pelo Marquês). Apesar de desde sempre produzir vinho do Porto, apenas em 1994 com a atual geração, começaram a ser engarrafados e vendidos diretamente com a marca de “Quinta de Santa Eufêmia”. Manteve-se no entanto, todos os ancestrais conhecimentos de vinificação e envelhecimento, transmitidos de geração para geração. Atualmente vende para mais de 15 países, destacando-se o Japão, Canadá, Estados Unidos, Dinamarca entre outros. Na sua gama apresenta vários tipos de vinhos, realçando o Portos Branco 10, 20 e 30 Anos. Em 2004 também iniciou a produção de vinhos Douro DOC.
Este vinho, produzido com Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca (talvez o corte mais clássico de Portugal) se mostrou com uma coloração vermelha escura intensa, excelente olfato, com predomínio de frutas vermelhas e muito equilibrado em boca, com ótimo sabor, acidez leve (talvez pelos 10% de Touriga franca). Excelente vinho, que ao final foi apontado pelos Confrades como segundo melhor vinho e o de melhor custo beneficio.

SEGUNDO VINHO: VINHA DA DEFESA, HERDADE DO ESPORÃO, SAFRA 2007. Mais de 30 anos de história no Alentejo: Maturidade, Experiência e Saber. As raízes da Herdade do Esporão, e a sua tradição vitícola, remontam aos tempos pré-históricos das culturas megalíticas e da Idade do Bronze. Porém, já durante a ocupação romana, os vinhos, do então povoamento do Esporão, eram exportados para todo o Império. Os limites da Herdade foram estabelecidos em 1267 e foram mantidos, praticamente inalterados, desde a sua constituição.
Este vinho é produzido com corte de Touriga Nacional, Syrah e Aragonês, cor vermelha rubi intensa e escura, aromas de violetas, frutas vermelhas e um toque de carvalho, com um pouco de tabaco, um dos mais aromáticos já degustados nesta Confraria. No sabor, perfeita conjunção do corpo da Syrah com a elegância da Touriga. Excelente, não por acaso o melhor da noite. E por apenas R$ 50,00. Os 16,0% de álcool não se destacaram, dando a impressão de um vinho bem menos alcoólico.

TERCEIRO VINHO: ALIANÇA PARTICULAR, DÃO, SAFRA 2007. Um vinho menos pretensioso, com cor vermelha púrpura intensa, aromas minerais e sabor leve. Produzido com uma grande gama de castas, com destaque para Touriga Nacional, Alfrocheiro e Jaen. Mas ao todo são mais de 10 castas presentes neste vinho. Por R$ 30,00, acaba se tornando justo, mas sem grande destaque.

Para encerrar, O QUARTO VINHO: PERIQUITA DE JOSÉ MARIA DA FONSECA, SAFRA 2006. Um vinho de apelo comercial muito forte, um dos mais conhecidos nos supermercados brasileiros. O corte varia de ano para ano, mas predominado a Castelão (ou Periquita), Trincadeira e Tinta Roriz. Cor vermelha rubi intensa, aromas de frutas vermelhas, um pouco de compota, sabor leve e fácil de se tomar, apesar da acidez destacada e pronunciado teor alcoólico.

Excelentes escolhas, de 4 regiões distintas, mostrando a potencialidade deste grande País vitícola. Aproveitamos a ocasião para discutirmos a intenção dos patrícios de tornar a Touriga Nacional símbolo da vitivinicultura Portuguesa. As opiniões não foram unanimes, e nos resta torcer que qualquer que seja a decisão, que não atrapalhe os viticultores portugueses e que eles continuem produzindo excelentes vinhos.

Para o jantar, Pablo e Maísa nos ofertaram uma excelente bacalhoada, que teve a orientação do mais Português dos joaquinenses: João Nunes, o famoso João Português.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

POR FALAR EM VINHOS...(17)


... interessante reunião será realizada em Portugal neste mês de dezembro. A Associação ViniPortugal pretende associar a imagem vitivinicola de Portugal com a Touriga Nacional, a exemplo da Malbec na Argentina ou a Syrah na Austrália.
Pergunto aos Confrades e amigos deste modesto blog: será esta a decisão correta? Estará a Touriga Nacional em condições de ser produzida com a mesma qualidade em todas as regiões da Terrinha? Se os produtores começarem a substituir seus vinhedos pela Touriga Nacional, como ficará a manutenção das demais castas autóctones (Alvarinho, Castelão, Baga, etc.)? Serão fadadas ao esquecimento? E os grandes cortes de castas portuguesas com merlot e cabernet sauvignon, desaparecerão?
Além disso, a Touriga esta disseminada pelo mundo e tem produzido ótimos vinhos no Brasil, na Argentina, etc.
Sem dúvida, a Touriga Nacional é a base de muitos ótimos vinhos portugueses, mas não sei se seria o caso de torná-la única neste imenso País, enologicamente falando.
Que acham?
Uma boa discussão para nossa próxima reunião, dia 14 de dezembro, cujo tema será justamente os vinhos portugueses.
O Confrade Anfitrião Pablo que se prepare para a próxima reunião com boas Tourigas...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

NOTA DE PROVA (9)


VINHO: Barbaresco Pio Cesare
SAFRA: 2005
REGIÃO: Piemonte
PAÍS: Itália
DATA: 06-ago-2010
LOCAL: Decanter Wine Show (Florianópolis, SC)
PREÇO: R$ 326,00
AVALIAÇÃO: 94
Vermelho castanhado, escuro.
Aromas muito complexos de tabaco, chocolate, menta.
Na boca, potente e aveludado, muito persistente.
OBS.: Um dos melhores vinhos produzidos com a difícil uva Nebbiollo.