terça-feira, 26 de abril de 2011

REUNIÃO 20 - MERLOT MELHOR DO MUNDO?






25-abr-2011.
Confrade do Mês: Marciano Bittencourt.
Tema: Merlot Brasileiro Melhor do Mundo?
Acompanhamento: Fraldinha ao Creme de Aipim; Strudell de Maçã.

Em reuniões anteriores conversamos sobre concursos pelo mundo e as polemicas que geram. E o Confrade Marciano, a partir de uma divulgação na Serra Gaucha que o Merlot Brasileiro era o melhor do mundo a partir de uma tese do Master of Wines Dirceu Vianna Junior realizada em Londres, resolveu apresentar algumas destas preciosidades.

Sobre este Melhor do Mundo, ler a postagem anterior!

Mas sobre a reunião:

Marciano nos trouxe dois brasileiros que participaram da apresentação em Londres, mais dois chilenos e dois Merlot da Serra Catarinense que não participaram do evento de Londres. A degustação foi às cegas, e desta feita passamos para seis vinhos (uma exceção as regras da Confraria).

PRIMEIRO VINHO: MIOLO TERROIR SAFRA 2008. Vale dos Vinhedos. No concurso de Londres, este vinho, da safra 2005, ficou em primeiro lugar. Este, embora com três anos, ainda tinha mais tempo de garrafa. Cor Rubi violácea, de vinho jovem. Aromas complexos de frutas negras, chocolate e pimenta, na boca um pouco ácido, tânico e leve herbáceo. Não obteve o mesmo destaque que em Londres, talvez pela juventude, talvez pelo nosso rigor de avaliações. R$ 80,00.

SEGUNDO VINHO: entrando com um Chileno para complicar nossa vida: CASAS DEL BOSQUE SAFRA 2005, Vale de Casablanca. Aroma vermelho acastanhado, o mais “experiente” da turma, aromas complexos de pimenta vermelha e minerais. Em boca, também um pouco ácido e tânico. Bom vinho. R$ 75,00

TERCEIRO VINHO: voltando ao Brasil, uma nova Região: KRANZ MERLOT SAFRA 2005, Serra Catarinense. Cor Rubi intensa, aromas complexos de fumo, café e bastante herbáceo. Em boca, herbáceo e um pouco ácido. R$ 49,00.

QUARTO VINHO: outro chileno, desta feita uma pegadinha: CASAMAYOR SAFRA 2008, Vale de Colchagua. Cor vermelha acastanhada, aromas pouco intensos, em boca certa doçura. Típico vinho que se torna fácil de beber e é sucesso nos supermercados brasileiros. Apenas R$ 21,00, o de melhor custo-benefício da noite, embora longe da qualidade de outros, apenas pelo seu baixo preço.

QUINTO VINHO: Se em Londres ficou em 3º no Geral, sendo o 2º brasileiro, aqui disputou com o sexto vinho a primeira colocação, perdendo por pouco. Cor vermelha intensa, escuro. Aromas de frutas negras, pimentas. Em boca, equilíbrio e boa sensação. Um excelente vinho. R$ 105,00.

SEXTO VINHO: Para encerrar, outro brasileiro que sequer esteve em Londres, mas que aqui alcançou o primeiro lugar. Cor vermelha acastanhada pouco intensa, aromas de café, fumo e certo herbáceo. Equilibrado em boca. Às cegas, alguns o apontaram como Chileno. R$ 45,00. Ótimo custo beneficio!

Procurando alinhar o 1º e o 3º vinhos da mostra de Londres, ao lado de chilenos pouco conhecidos e tampouco famosos e mais uma nova região onde o merlot é um dos destaques, Marciano conseguiu mostrar que os merlots do Brasil não fazem feio perante seus pares, que a Serra Catarinense já emparelha com a Serra Gaucha em termos de qualidade, mas sem a pretensão de serem os melhores Merlot do mundo.

Uma degustação interessante e que “puxou” do conhecimento dos Confrades: mais por brincadeira teríamos que determinar (ou adivinhar) o país (ou a região no caso dos brasileiros) e a safra aproximada. Ao final alguns acertos incríveis! Coube ao Juliano a maior pontuação em acertos.

Para o jantar, acompanhado dos mesmos vinhos, uma bela Fraldinha ao creme de aipim, seguido pelo típico Strudel de Maçã, obra da esposa Samia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário