segunda-feira, 25 de outubro de 2010

REUNIÃO 15 - CARMENERE






18-out-2010.
Confrade Gourmet: Stélio.
Tema: Carmenere.
Ausentes: todos presentes.
Acompanhamento: Paçoca de pinhão.

Uma grande escolha e uma grande harmonização: Carmenere e Paçoca de Pinhão. Apesar da distancia geográfica entre os vinhos chilenos e a região onde a paçoca é um prato típico (Serra Catarinense), a conjunção de sabores foi positiva. Stélio foi feliz neste encontro de sabores.

Depois de ter desaparecido na França, seu país de origem, ainda no século 19 graças ao ataque da cochonilha Filoxera, a Carmenere foi muito plantada no Chile e confundida com Merlot, mas só foi identificada na década de 90 do século passado, a cerca de 20 anos apenas. E graças a sua ótima adaptação ao terroir chileno, principalmente vale de Colchagua, apesar do seu amadurecimento muito tardio, se tornou a uva símbolo deste país.

Seus vinhos são de cor escura, aromas herbáceos se colhida um pouco verde (por isso a pouca adaptação a outras regiões), de frutados a chocolate e café. São vinhos encorpados, de baixa acidez, saborosos.

Para iniciar as degustações, mais uma vez às cegas, COSTA PACIFICO SAFRA 2008. Importado pelo Miolo Wine Group. Cor Vermelha viva, escuro. Boa intensidade de aromas, de frutas a chocolate, bastante típico. Boa evolução em boca, bom corpo, um pouco adocicado, baixa acidez. Com seus R$ 20,00, era a pegadinha da noite e foi eleito o de melhor custo beneficio.

O segundo vinho foi o VENTISQUERO QUEULAT SAFRA 2007. Originado no Vale do Maipo, cor vermelha rubi intensa. Aromas complexos de frutas secas, pimenta e tostado. Muito encorpado, de boa qualidade em boca, apesar dos taninos bastante presentes. Apesar de mais barato (R$ 50,00) que seu irmão e rival da noite (abaixo), foi eleito o melhor vinho da degustação.

Terceiro vinho: GRAN RESERVA RIBERA DEL CACHAPOAL SAFRA 2007. Cor vermelha púrpura, intenso. Aromas de chocolate e coco. Encorpado, tânico, mais ácido que os anteriores. Bom vinho para seus R$ 59,00, rótulo bonito, mas se esperava mais deste vinho.

Para encerrar a noite, VENTISQUERO GREY SAFRA 2007, Vale do Maipo, Chile. Cor vermelha cereja, intenso. Aromas um pouco herbáceos, complexos, frutas, pimenta, chocolate. Média estrutura, parece ter sido colhido um pouco antes do ideal. Bom vinho, mas aquém do seu irmão Queulat (acima).

O que chamou a atenção entre todos os vinhos foi a uniformidade de cores e sabores entre eles. E a facilidade com que a Carmenere é tomada. Apesar da variação das notas, todos bons vinhos.

Para o jantar, uma típica Paçoca de Pinhão estilo Serrano, preparada pelo casal Gourmet Rose e Stélio. Harmonização muito interessante, mostrando a versatilidade da Carmenere.

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