REUNIÃO 28 - Raras Castas Brancas do Velho Mundo

08-fev-2012.
Confrade Gourmet: Junior.
Tema: Raras Castas Brancas do Novo Mundo
Ausentes: Juliano, Marciano e Pablo.
Acompanhamento: Filé de frango a milanesa com molho tártaro.

Raras Castas Brancas do Velho Mundo: Silvaner, Fiano di Avellino, Alvarinho e Furmint. Nenhum dos confrades presentes conhecia qualquer destas variedades de vinhos brancos. Os ausentes Juliano e Pablo já haviam tomado Alvarinhos no Rubayat em São Paulo. Aliás esta reunião infelizmente bateu o recorde de ausências desde que iniciamos. Será desmotivação pelos brancos, comprovando assim certa resistênca do consumidor brasileiro com estas variedades? Prefiro acreditar em excesso de compromissos do grupo.

A degustação, às cegas, decorreu assim:

Iniciamos com o alemão SILVANER HORST SAUER, SAFRA 2009. Cor amarelo palha com tons esverdeados, aromas florais presentes e intensos, embora alguns confrades tenham encontrado pouco aroma. Em boca, acidez equilibrada com seus 12,5% de alcool, formando um belo, vinho. No geral foi o segundo colocado da noite, e primeiro para dois confrades. Custo de R$ 115,00.

O SEGUNDO VINHO foi um ALIMATA FIANO DI AVELLINO DA VILLA RAIANO, SAFRA 2009, da Itália. Cor muito semelhante ao anterior, um pouco menos aromático. Na boca, mais álcool e menos acidez, mas no conjunto um ótimo vinho. R$ 110,00.

O TERCEIRO vinho acabou sendo apontado como o campeão da noite: PARCELA ÚNICA DE ANSELMO MENDES, SAFRA 2009. Este Português mostrou uma cor amarelo esverdeado, aromas muito intensos e complexos. Em boca, potência aliada a elegância, fazendo um vinhos excepcional. Foi o primeiro para 3 confrades e ainda teve o voto da Ana Paula. Para alguns confrades mais adaptados aos brancos, este foi um dos melhores brancos já degustados pela confraria. E também um dos mais caros: R$ 210,00.

Para encerrar, o húngaro OREMUS TOKAJI DRY MANDOLAS, safra 2007, uva Furmint com corte com Harslevelu. Pela cor já deu para notar que se tratava de um vinho de estilo diferente dos demais. Nos aromas, predominou mel e outros aromas adocicados. Na boca, bastante potencia (13,5%) e doçura, embora este não seja o famoso vinho licoroso de Tokaji. Mesmo assim, foi muito bem pontuado e mostrou-se um belo vinho. Custo: R$ 89,90.

Uma noite para provar que existem ótimos vinhos no mundo dos brancos, que se adaptam muito bem ao verão brasileiro, opinião esta de compartilhada por muitos críticos.

Para o jantar, D. Ana Paula caprichou num frango a milanesa com molho tártaro e arroz a grega. A harmonização da janta foi com duas safras de Chardonnay da Quinta da Neve: 2010 e 2011. A sobremesa com sorvete de creme e mousse de limão com calda de caramelos combinou muito bem com o restinho de Tokaji.

Uma noite de verão muito quente em São Joaquim que culminou com mais uma reunião prazerosa de nossa Confraria.