segunda-feira, 14 de junho de 2010

REUNIÃO 11 - GRANDES VINHOS DA ACAVITIS







17-mai-2010.
Confrade Gourmet: Marciano.
Tema: Grandes Vinhos da ACAVITIS.
Ausentes: presença de 100% dos confrades.
Acompanhamento: Filé ao Molho Madeira.

Excepcionalmente nesta reunião estávamos em 9 presentes, contando com a presença do Engenheiro Agrônomo responsável técnico da filial da Cantu em São Joaquim.
Mais uma reunião onde decidimos decifrar os vinhos da nova região produtora do Brasil: a Serra Catarinense. Em homenagem a Associação que esta elevando o nome da região, intitulamos esta reunião como Grandes Vinhos da ACAVITIS. Logicamente que, por já termos experimentado vários vinhos da região, optamos apenas por novidades, pelo menos para nós. Mais uma vez a degustação foi às cegas.
Para iniciar a noite, uma grande surpresa: um vinho ainda não lançado, que esta sem rótulo e sem nome definido, que foi cedido pelo seu produtor: Fumio Hiragami. Não foi informada a safra. Um cabernet sauvignon bastante típico, ótima cor, aromas destacados de frutas vermelhas, ameixa seca e tabaco, um pouco tânico, talvez as uvas não estivessem bem maduras por ocasião da colheita. Pouca madeira. Mais agradável no nariz que na boca. Para alguns confrades, muito similar aos vinhos da Villa Francioni. Não por acaso, pois seu elaborador foi o enólogo Orgalindo Bettu. Um ótimo vinho. Ainda sem preço definido, deve custar em torno de R$ 60,00, o que lhe confere ótimo custo beneficio. Agradou a todos.
O segundo vinho foi o Utopia cabernet sauvignon, safra 2008, 13º álcool. Corte com 30% de merlot. Cor vermelho rubi escura, aromas destacados de pimentão verde, bastante ácido. Talvez uvas colhidas ainda mais verdes que o anterior. Bastante herbáceo. R$ 93,00, preço bastante alto para o que se mostra no vinho.
O terceiro vinho foi o Innominabile da Villaggio Grando, Safra 2006, 14,0º álcool. Esta vinícola foi destaque na ultima Expovinis com seu Chardonnay. Este cabernet sauvignon apresentou cor vermelho alaranjado escuro, aromas de café e ameixa seca, bastante tânico, bastante ácido, o que acabou por mascarar o alto grau alcoólico. Um vinho agradável, que por R$ 45,00 se torna um vinho justo.
Para encerrar, um vinho já conhecido da Confraria: VF da Villa Francioni, só que agora a safra 2006 (na reunião 6 havíamos degustado a safra 2005). 13,3º de álcool, cor vermelha escuro, aromas complexos e agradáveis, lembrando tabaco. Apesar de ser o que apresentou mais sabores de carvalho entre os quatro degustados, era o mais equilibrado, talvez pelo corte com várias castas. O custo de R$ 99,00 se torna um pouco alto, mas foi o melhor da noite. Desta feita atingiu 83 pontos na média, contra 85 da safra 2005 já degustada, a maior média de um vinho nacional até agora e a terceira entre todos os vinhos (sem contar a degustação realizada em São Paulo, que não teve pontuação).
Na discussão após a degustação, pôde-se concluir que todas as vinícolas da região terão que ter muito cuidado com a cabernet sauvignon, principalmente na colheita. Nas altitudes maiores esta casta pode não amadurecer muito bem e mostrar sabores e aromas herbáceos.
Outro assunto discutido foi o alto preço dos vinhos da região. No entanto, com o conhecimento do alto custo de implantação e das terras da região, a baixa produtividade necessária para se obter bons vinhos e a alta carga tributária, concluímos ser difícil produzir um bom vinho nesta região a preços baixos.
Para o jantar, Samia preparou um ótimo filé ao molho madeira, que harmonizou muito bem com os vinhos degustados.
Parabéns ao Confrade Gourmet da noite!

Nenhum comentário:

Postar um comentário